Turquia ameaça boicotar negociações sobre a Síria

Turquia ameaça boicotar negociações sobre a Síria
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

As negociações de paz sobre a Síria vão ser retomadas na sexta-feira, quatro dias após a data inicial, e quando permanecem divisões sobre a presença

PUBLICIDADE

As negociações de paz sobre a Síria vão ser retomadas na sexta-feira, quatro dias após a data inicial, e quando permanecem divisões sobre a presença das milícias curdas nas discussões em Genebra.

O enviado da ONU para a Síria, Stefan de Mistura, afirmou ter enviado esta terça-feira os convites ao governo de Damasco e aos responsáveis da oposição, sem indicar os nomes dos participantes no debate.

Em Moscovo, Serguei Lavrov voltou a exigir a presença das milícias curdas da Síria:

“Alguns membros do Grupo de Contacto sobre a Síria insistem que só os grupos da oposição, que se sentaram no ano passado em Riade, devem representar a oposição síria e que todos os outros deverão ficar fora do debate. Trata-se de uma violação clara da resolução da ONU”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

Uma mensagem dirigida a Ancara, para quem o PYD curdo da Síria e a sua milícia YPG, são considerados grupos terroristas, devido às suas ligações aos separatistas do PKK, mesmo que combatam ao lado da coligação internacional no terreno.

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco ameaçou, esta tarde, boicotar a reunião se o PYD for convidado a Genebra.

Horas antes, o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu afirmava, frente ao parlamento:

“É inaceitável deixar que uma organização terrorista se junte às negociações, ao lado das forças da oposição. Eles não podem sentar-se ao lado de grupos da oposição que combatem o regime. Se alguém quer ver o PYD nessa mesa, então tem que sentá-lo do lado dos representantes do regime sírio”.

As discussões de Genebra deverão assegurar a formação de um governo transitório sírio, ainda este ano, antes da convocação de novas eleições em 2017.

O processo encontra-se agora ameaçado pelo braço de ferro entre a Turquia e a Rússia, quando a tensão diplomática entre os dois países não pára de aumentar desde que Ancara abatera um caça russo no ano passado.

O líder do PYD, Salih Müslim, afirmou entretanto, esta tarde, que não recebeu ainda um convite para estar presente em Genebra.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Relógios de luxo batem recordes na feira Watches and Wonders em Genebra

Ataque a trabalhadores humanitários em Gaza causa incidente diplomático entre Polónia e Israel

Morreu cidadão lituano detido na Bielorrússia