Cimeira do "tudo ou nada" sobre questão britânica arranca em Bruxelas

Cimeira do "tudo ou nada" sobre questão britânica arranca em Bruxelas
De  Pedro Sacadura com Sándor Zsíros
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O clima de boa vontade promete dominar a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, que arrancou esta quinta-feira, em Bruxelas. À

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O clima de boa vontade promete dominar a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, que arrancou esta quinta-feira, em Bruxelas.

À chegada, na antecâmara do encontro, vários líderes europeus manifestaram o desejo de encontrar um consenso sobre a questão do Reino Unido – prato forte da agenda – a começar, naturalmente, pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron: “Será difícil. Pugnarei pelo Reino Unido. Se conseguirmos obter um bom acordo aceitarei esse acordo, mas não aceitarei um acordo que não vai de encontro às nossas necessidades. Considero ser muito mais importante ter as coisas claras do que fazer tudo à pressa.”

Vários líderes querem clarificações adicionais antes de subscreverem um possível acordo que responda às exigências feitas pelo Reino Unido em nome da permanência no bloco comunitário.

“O Reino Unido deve permanecer no seio da União Europeia. Essa é a minha vontade, mas ao mesmo tempo a União tem de avançar. Nenhum país deve ter um direito de veto. Nenhum país deve escapar às regras comuns ou às autoridades comuns”, disse o presidente francês, François Hollande, ao chegar ao encontro.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, optou pela cautela das palavras e também à chegada reforçou a importância decisiva da cimeira: “Ainda nos encontramos no meio de negociações bastante difíceis e delicadas sobre a questão do Reino Unido. Uma coisa está clara: esta é a cimeira do tudo ou nada. Não tenho dúvidas.”

Mais irónicas foram as palavras da presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaitė, que referiu que depois da tempestade virá a bonança: “Todos terão um drama pessoal, mas no final estaremos de acordo.”

As horas que se seguem até ao final da cimeira, esta sexta-feira, são de trabalho intenso para acertar agulhas.

Sándor Zsíros, euronews: “Um grupo de advogados apoia as negociações, porque se houver acordo sobre as reformas, será legalmente vinculativo depois da aprovação do Parlamento Europeu.”

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