No rescaldo do Conselho de ministros do Interior da União Europeia, o ministro grego para a Imigração, Ioannis Mouzalas, falou, em entrevista à
No rescaldo do Conselho de ministros do Interior da União Europeia, o ministro grego para a Imigração, Ioannis Mouzalas, falou, em entrevista à Euronews, sobre o duelo recente com a Áustria e o impasse da política comum da UE.
Ioannis Mouzalas, ministro para a Imigração – O plano da União Europeia que a Áustria apoiou dizia “não” às vedações e “sim” à recolocação, “não” à utilização de cães contra migrantes e “sim” à reinstalação, “não” ao encerramento de fronteiras e “sim” ao registo. Existe um plano claro.
Efi Koutsokosta, euronews – Que ainda não foi implementado.
Ioannis Mouzalas, ministro para a Imigração – Ainda não foi implementado porque vários Estados-membros, a Áustria agora incluída, em vez de trabalharem no plano da União Europeia, entrincheiraram-se no território nacional. Repetimos isso continuamente. Quer sejamos Estados-membros da União Europeia quer atuemos à la carte. A Áustria era um país amigável. Agora adota uma ação hostil. Não descrevemos o país como sendo hostil, mas consideramos claramente esta ação específica como sendo hostil e penosa para o nosso país e para a Europa.
Euronews – Obteve algum compromisso de alguma mudança ou de anulação destas medidas?
Ioannis Mouzalas – Não recebemos e não pedimos tal compromisso. Dissemos que não esperamos nada mais, nada menos do que a implementação dos compromissos orais e escritos que recebemos durante a última cimeira. Cumprimos as nossas obrigações e esperamos solidariedade.
Euronews – A Grécia referiu que poderia bloquear o acordo com o Reino Unido se não conseguisse o compromisso de que as fronteiras permanecerão abertas. Estes compromissos orais obtidos não foram mantidos. De que forma é que a Grécia vai reagir a isso atendendo ao facto de que tem o maior problema agora?
Ioannis Mouzalas – Não estamos certos, mas continuamos a acreditar na Europa unida. Podíamos ter explodido com todo o projeto europeu durante a última cimeira insistindo que nem sequer discutimos. Acreditámos no que nos foi dito pela União Europeia e por Estados-membros específicos. Estávamos errados. Vamos insistir. Está claro que há medida que aumentam as nossas derrotas, também tomaremos ações unilaterais. Não porque queiramos, mas sim porque não teremos outra alternativa.