A música que há em Shakespeare

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Há mais de trezentas óperas inspiradas no trabalho de William Shakespeare. Qual a razão deste fascínio? Foi a pergunta que colocámos a uma

Há mais de trezentas óperas inspiradas no trabalho de William Shakespeare. Qual a razão deste fascínio? Foi a pergunta que colocámos a uma especialista da Universidade de Newcastle, a professora Julie Sanders.

“A influência de Shakespeare na música começou praticamente logo desde que as suas peças foram apresentadas em Londres, ou seja, é algo que se verifica desde o século 17 até aos dias de hoje. As suas peças e poemas geraram uma resposta em todos os géneros musicais. Não encaro esse fenómeno na perspetiva do que Shakespeare deu aos compositores e artistas, mas sim no retorno que foi originado. Estamos a falar de trabalhos que são, eles mesmos, imensamente criativos. No século 17, Henry Purcell criou ‘A Rainha das Fadas’, uma adaptação de ‘Sonho de uma Noite de Verão’, mas contando a estória através de dança, música e récitas”, considera Sanders.

À pergunta “o que torna Shakespeare tão contemporâneo”, a especialista aponta que “Shakespeare tentou explorar as grandes interrogações do seu tempo. Na altura, o teatro não se encontrava no centro de Londres, situava-se na periferia. Era algo de bastante alternativo. As obras levantavam várias questões políticas, os palcos serviam de espaço de debate. É dessa forma que devemos olhar para a sua obra hoje em dia. Ele gerou debates relevantes sobre questões como a raça, a etnia, a identidade, o poder, a monarquia, o Estado… Há paralelos que podemos fazer. Por isso é que as adaptações desta força de Shakespeare são tão poderosas.”

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