"Spirits' Homecoming": A escravatura sexual japonesa retratada no cinema

"Spirits' Homecoming": A escravatura sexual japonesa retratada no cinema
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

‘Spirits’ Homecoming’ é um êxito de bilheteira na Coreia do Sul. A película retrata a vida de jovens escravas sexuais coreanas, forçadas a

PUBLICIDADE

‘Spirits’ Homecoming’ é um êxito de bilheteira na Coreia do Sul. A película retrata a vida de jovens escravas sexuais coreanas, forçadas a prostituir-se durante a Segunda Guerra Mundial. Leva-nos aos horrores vividos pelas chamadas “mulheres de conforto” recrutadas à força para satisfazerem, sexualmente, os soldados do exército nipónico que ocupava a Península da Coreia.

Cho Jung-Rae – realizador do filme, escritor, argumentista – inspirou-se numa sessão de terapia a que assistiu num abrigo. Sessões para mulheres que viveram esta dura realidade. Algumas assistiram à estreia do filme:

“Estas agora avós disseram-me que se eu ia fazer um filme deveria fazê-lo bem feito para que as suas histórias fossem contadas. Essa foi a minha maior motivação, maior do que qualquer uma de outra ordem. Foi o que me levou a fazer o filme”, explica o cineasta.

O filme foi pago com contribuições de 75.000 mecenas individuais. Muitos acordaram para a realidade depois de verem o filme:

“Não sei o que dizer, o meu coração está atulhado de palavras. Espero que o Japão se desculpe perante estas mulheres”, afirmou, em lágrimas Kang Hyeon-Mi, espectadora do filme na sessão de estreia.

“O filme foi produzido através de Crowdfunding no qual eu participei e sinto-me bem ao ver o meu nome no ecrã. Espero que as pessoas continuem a ajudar as “mulheres de conforto” envolvendo-se em atividades sociais e esforçando-se, em conjunto, até o governo japonês lhes pedir desculpa”, adianta Jeong Tae-Hyun que assistiu ao filme com a mulher.

Ativistas da Coreia do Sul calculam que haja cerca de 200 mil vítimas, mas apenas uma pequena parte é conhecida. Apenas 44 das 238 mulheres que partilharam a sua história estão ainda vivas.

A questão das escravas sexuais causou conflitos entre Coreia do Sul e Japão e foi o principal obstáculo às relações entre os dois países. No final do ano passado, os governos sul coreano e japonês assinaram um acordo para fechar este capítulo.

Este acordo, ao qual se opuseram organizações de apoio às vítimas por o considerarem insuficiente, contempla um pedido oficial de desculpas do Japão e uma compensação financeira às vítimas…

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Os grandes filmes dos Prémios do Cinema Europeu 2023

Monica Bellucci leva Maria Callas ao Festival de Cinema de Salónica

Realizador alemão Wim Wenders recebe Prémio Lumière em Lyon