Diretor financeiro demite-se mas EDF reafirma vontade de construir central nuclear

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De  Euronews
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A elétrica francesa EDF reafirma o objetivo de construir uma central nuclear em Hinkley Point, no sudoeste de Inglaterra.A medida tem sido fortemente

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A elétrica francesa EDF reafirma o objetivo de construir uma central nuclear em Hinkley Point, no sudoeste de Inglaterra.A medida tem sido fortemente contestada e levou à demissão do diretor financeiro da companhia.

Thomas Piquemal defende que a empreitada, com um orçamento de mais de 23 mil milhões de euros, vai colocar em risco a estabilidade e o futuro da EDF que enfrenta, de momento, alguns desafios financeiros.

“Eles cortaram custos operacionais em cerca de 300 milhões de euros, no ano passado. Vai haver cortes de mais 700 milhões de euros, este ano, mas, francamente, esta é uma gota no oceano em comparação com os compromissos de financiamento que a empresa, supostamente, tem de fazer, nomeadamente, sobre Hinkley Point”, evidencia o analista financeiro, Mike Ingram.

A EDF contraiu empréstimos de milhares de milhões de euros, nos últimos anos e prevê, ainda, gastar mais de 55 mil milhões de euros para renovar as envelhecidas centrais nucleares francesas.Apesar da demissão de Piquemal, tanto o governo britânico como o governo francês já fizeram saber que apoiam o projeto.

Para Ingram, “não se pode deixar de sentir que há uma dimensão política em tudo isto. Não só no que se refere, talvez, à interferência do governo francês, que é, no final das contas, ainda é dono de 85 por cento da EDF e, talvez, também, do governo do Reino Unido, porque este é um projeto emblemático e, claro, tudo isso vem contra o contexto do debate do Brexit, que está debate”. “.

O projeto foi anunciado em 2013 e foi estabelecida uma parceria com a empresa chinesa CGN. Os sindicatos da EDF, que têm seis assentos no conselho da empresa, anunciaram que vão votar contra o projeto atual, e querem uma simplificação da nova versão do
European Pressurized Reactor, da Areva.

Os dois EPRs em construção em França e na Finlândia já sofreram anos de atraso.

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