Fantasporto: sereias, horror, anjos e muito mais

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De  Ricardo Figueira
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Esqueçam os lobisomens e os zombies. No que toca a filmes de terror, o que está a dar são as sereias. Prova disso, a longa-metragem “The lure”

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Esqueçam os lobisomens e os zombies. No que toca a filmes de terror, o que está a dar são as sereias. Prova disso, a longa-metragem “The lure” arrecadou o prémio de melhor filme no Festival de Cinema Fantasporto, em Portugal.

A comédia musical polaca retrata duas sereias em Varsóvia, nos anos 80. Amor, traição e vingança são os grandes temas da obra que venceu também os galardões para melhor realização e melhores efeitos especiais. A Euronews conversou com a realizadora polaca Agnieszka Smoczynska.

“Matámos a pequena sereia e criámos uma nova sereia moderna. Era o nosso objetivo. As nossas sereias são lindas e têm caudas enormes. Mas, as caudas são feias. No conto de Hans Christian Andersen e no filme da Disney, a sereia tem uma bela cauda. No nosso filme, metade da sereia é bonita e metade é um montro. Um belo monstro”, sublinhou Agnieszka Smoczynska.

Este ano, o júri do festival portuense foi presidido pelo realizador holandês Ate de Jong.

“O mais interessante é o facto de podermos ver imensos filmes que, de outro modo, não seria possível ver. Não gostei de todos os filmes, mas, em cada filme houve coisas de que gostei. Penso que o festival fez boas escolhas”, sublinhou Ate de Jong.

O júri atribuiu o prémio especial à longa-metragem russa “Queen of Spades: The Black Rite”, uma história de fantasmas e possessão da autoria do realizador russo Svyatoslav Pogdayevskiy.

“Chasuke’s journey” ganhou os prémios para melhor argumento e melhor ator. O filme realizado pelo japonês Sabu retrata um anjo que desce à terra para salvar uma mulher condenado a morrer num acidente.

“I am a hero” venceu o prémio do público. Realizada por Shinsuke Sato, a longa-metragem japonesa retrata um autor de manga que acede ao estatuto de herói, por mero acaso, durante um apocalipse de mortos-vivos.

No Japão, é raro vermos este tipo de filmes por isso não sabia se ele iria ser aceite. Foi esse o maior desafio para mim”, disse o ator Yô Ôizumi.

O terror continua a ser a imagem de marca do Fantasporto, mesmo se há muito tempo o festival deixou de ser só isso. Este ano, um dos pontos altos do Fantas foi a homenagem feita àquele que é, talvez, o maior realizador macedónio da atualidade.

Milcho Manchevski arrecadou o Leão de Ouro em Veneza, em 1994, pelo filme “Before the rain”. A longa-metragem nomeada para o Óscar de melhor filme estrangeiro conta a história de um fotógrafo macedónio que venceu o prémio Pulitzer mas tem dificuldades em lidar com os horrores que viu na Bósnia.

“Há filmes bons e filmes maus. Quando se recompensa um bom filme não me importa a origem. Não me interessa saber quem fez o filme porque cada filme existe por si como uma bela estrela no espaço”, afirmou o realizador.

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