Putin manda retirar tropas russas da Síria com acordo de Assad

Putin manda retirar tropas russas da Síria com acordo de Assad
De  Francisco Marques com Lusa, Reuters
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Vladimir Putin ordenou o início da retirada das tropas russas em operações militares na Síria. O Presidente russo entende que a missão antiterrorismo

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Vladimir Putin ordenou o início da retirada das tropas russas em operações militares na Síria. O Presidente russo entende que a missão antiterrorismo iniciada há pouco mais de 5 meses está praticamente concluída embora pelo menos o “Daesh”, o grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico, continue ativo em território sírio.

A decisão de Putin terá tido a concordância do presidente da Síria, Bashar al-Assad, após conversa telefónica entre ambos esta segunda-feira. A Rússia apenas irá manter um centro de apoio aéreo na Síria para supervisionar o cumprimento do frágil cessar-fogo em curso entre as forças leais ao regime e as dos grupos de oposição a Bashar al-Assad.

Meeting with MFA_Russia</a>, <a href="https://twitter.com/mod_russia">mod_russia heads Lavrov and Shoigu: troops withdrawal from Syria, talks intensification https://t.co/J9Gnv4J3Or

— President of Russia (@KremlinRussia_E) 14 de março de 2016

“A tarefa que tinha sido solicitada ao nosso Ministério da Defesa e às nossas forças armadas foi globalmente conseguida e assim ordenei ao ministério para iniciar a partir desta terça-feira a retirada da maior parte dos nossos contingentes militares na República Árabe da Síria”, afirmou Putin, durante uma reunião com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

De acordo com o comunicado emitido pela Presidência da Rússia, Bashar al-Assad mostrou-se disponível para ajudar a organizar uma base política no país assim que possível. “Os dois presidentes expressaram a esperança de que as conversações mediadas pela ONU em Genebra entre a delegação do governo sírio e os representantes da oposição produzam resultados concretos”, lê-se no comunicado.

A intervenção começou a trinta de setembro do ano passado, a pedido de Bashar al-Assad e no âmbito de uma alegada luta contra o terrorismo na Síria. Mas a missão tem sido controversa. Há suspeitas de ataques russos contra grupos não terroristas da oposição ao regime Assad.

A agência estatal síria, SANA, noticiou entretanto a afirmação do ministro sírio da Informação, Omran al-Zoubi, de que “os amigos na Rússia estão totalmente comprometidos com o combate ao terrorismo” e que “o exército sírio está comprometido com ofim das hostilidades.”

“À luz dos avanços conseguidos pelo exército sírio em muitas regiões e a cessação das hostilidades assim como com o início de reconciliações locais em várias áreas, e por razões relacionadas com outras posições da liderança militar russa no terreno, a decisão (de retirada das troipas russas) foi tomada em coordenação e de acordo entre os líderes sírio e russo. Nem mais nem menos”, afirmou Al-Zoubi à televisão síria, citado pela SANA

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