Graham Watson: "Este é um grande ataque ao Estado belga e às instituições europeias"

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Em entrevista à Euronews, Graham Watson, antigo líder da Aliança dos Liberais no Parlamento Europeu, comentou os atentados registados esta

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Em entrevista à Euronews, Graham Watson, antigo líder da Aliança dos Liberais no Parlamento Europeu, comentou os atentados registados esta terça-feira em Bruxelas.

James Franey, euronews – Quando ouviu as primeiras notícias sobre os atentados em Bruxelas, o que é que lhe passou pela cabeça?

Graham Watson, antigo líder da Aliança dos Liberais no Parlamento Europeu – Para dizer a verdade preocupou-me a segurança da minha mulher que tinha voado do aeroporto de Bruxelas meia hora antes das bombas explodirem. Este é um grande ataque não só ao Estado belga, mas também às instituições europeias. Aconteceu nas imediações da sede da NATO, da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e, no caso da bomba no metro, nas imediações de um ministério do Governo belga.

euronews – Quando foi eurodeputado esteve envolvido no desenvolvimento de legislação em matéria de justiça. O que é que a Europa deveria fazer para combater isto. A questão é como balanceamos direitos humanos e combate ao terrorismo? É sempre uma grande questão.

Graham Watson – Sim e julgo que é importante encontrar um equilíbrio. Quando fui Presidente da Comissão de Justiça e Assuntos Internos e analisei um relatório sobre o que deveríamos fazer contra o terrorismo, na altura, com os ataques de 11 de setembro, apelávamos aos Governos para agirem em conjunto em termos de partilha de informação.
Fizeram-se muitos progressos, mas surpreender-se-ia se soubesse quantos Governos guardam, de forma egoísta, tais informações. Podemos fazer muito mais em termos de partilha de informação, juntando as nossas forças policiais e judiciais, tentado dessa forma proteger melhor os nossos cidadãos.

euronews – Algumas pessoas referem que precisamos de esquecer algumas das nossas liberdades se queremos combater este problema. Se considerarmos os aeroportos nos Estados Unidos percebe-se que a segurança é mais rígida do que na Europa. Antes de entrarmos num comboio em Israel temos de passar por um scanner e existe uma série de medidas de segurança que temos de superar para chegar ao comboio. Talvez seja essa a resposta, encontrar um equilíbrio um pouco diferente.

Graham Watson – Se olharmos para o que os Governos têm discutido no Conselho de Ministros, para o que o Parlamento Europeu considera atualmente em termos de controlos fronteiriços, que entrará em marcha no Espaço Schengen, vemos muitas dessas coisas acontecer. Há muito mais controlos automáticos de fronteiras do que nunca. Mas é preciso manter o equilíbrio neste domínio. É o equilíbrio entre o direito de livre circulação de pessoas e o direito de viver numa sociedade livre e de garantir às pessoas a máxima proteção contra o terror.

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