Artistas israelitas dinamizam mercado de Jerusalém graças à arte de rua

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Um coletivo de artistas israelitas redinamizou o mercado de Mahane Yehuda, em Jerusalém, graças à arte de rua. Depois de vários episódios de

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Um coletivo de artistas israelitas redinamizou o mercado de Mahane Yehuda, em Jerusalém, graças à arte de rua. Depois de vários episódios de violência, a praça tinha perdido metade da clientela.

Desde que se transformou numa galeria a céu aberto, o local voltou a ser frequentado pela população.

“No início, quando começámos, o nosso objetivo era apenas colorir as portas. Depois, demo-nos conta de que as pessoas sorriam e adoravam as obras. A partir daí, pediram-nos para fazer retratos e criámos várias personagens. As pessoas paravam para ver as obras, nós contávamos a história e as pessoas ficavam emocionadas”, explicou Berel Hahn, um dos artistas.

As pinturas nas portas das lojas representam personalidades da história judaica e israelita, como Sigmund Freud ou David Ben-Gurion.

“O objetivo é inspirar as pessoas. Pintámos retratos de pessoas que mudaram o mundo, quer o impacto tenho sido grande ou pequeno. São heróis ou heroínas, de várias origens, não apenas judeus. Um dos aspetos universais da nossa cultura é o facto de tentarmos ser melhores, tentarmos ultrapassar as nossas inclinações para o mal e criar uma vida melhor à nossa volta”, acrescentou o artista.

Os comerciantes aprovam a iniciativa.

“A situação no mercado é muito difícil. Se as coisas em Jerusalém não se alteram, vai ser difícil ultrapassar este período.Os grafites criaram um acontecimento, o que pode ajudar-nos. É uma iniciativa positiva”, disse Yoav Mizrahi, proprietário de um café.

“Os desenhos são belos e ajudam-nos a criar uma atmosfera positiva no mercado, depois da série de ataques e das medidas de segurança. Um dos pontos negativos é o facto de só podermos ver os desenhos à noite, quando as portas das lojas estão fechadas, é uma pena”, afirmou o vendedor Yoav Mizrahi.

O projeto arrancou no início de 2015 por iniciativa de um jovem israelita de origem britânica, Solomon Souza, neto de um artista plástico nascido em Goa.

Depois de ter visto um filme sobre o artista de arte urbana Banksy, o jovem de 22 anos decidiu usar a arte como forma de intervenção social.

“A arte pode ter um efeito neurológico e criar endorfinas e oxitocinas, o que faz com que as pessoas se sintam bem. Temos cada vez mais visitantes graças à arte”, sublinhou Berel Hahn.

O próximo objetivo do coletivo de artistas de Jerusalém é criar obras noutros suportes que possam ser contempladas durante o dia.

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