Até agora, não há indícios de que Cameron ou o pai tenham cometido algum crime, mas a oposição acusa-o de usar brechas legais para evitar o pagamento de impostos no país.
O primeiro-ministro britânico alvo de críticas e manifestações depois do eclosão do escândalo internacional “Panamá Papers”.
Este sábado centenas de pessoas concentraram-se na Downing Street para exigirem a sua demissão.
Após as revelações, no último domingo, David Cameron demorou quatro dias a admitir que tinha possuído acções offshore numa empresa com sede nas Bahamas, criada pelo seu pai, que morreu em 2010.
“Esta é a gota d‘água que faz transbordar o cálice. Espero que seja a palha com que Cameron se vai queimar”
“É importante que as pessoas se manifestem nas ruas e mostrem que se importam e que querem algo diferente. Que ele demissione ou não (espero que sim) mas deve ser empurrado e tem de haver mudanças e isto é apenas o começo”.
A poucos mais de dois meses do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, “ o primeiro-ministro perdeu a confiança dos britânicos”, defendeu ontem o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, sem no entanto ter reclamado a sua demissão.
Uma semana conturbada se termina para o primeiro-ministro
que admitiu que podia ter gerido melhor a crise desencadeada.
“ Eu sei que deveria ter lidado melhor com isto, poderia ter gerido de outra forma, eu sei que há lições a serem aprendidas e vou aprender. Não culpe número 10 de Downing Street, ou assessores sem nome. Culpo-me a mim”.
Até agora, não há indícios de que Cameron ou o pai tenham cometido algum crime, mas a oposição acusa-o de usar brechas legais para evitar o pagamento de impostos no país.