O preço do petróleo está em alta, refletindo um corte na produção do Koweit, devido à greve dos trabalhadores do setor petrolífero. A greve começou
O preço do petróleo está em alta, refletindo um corte na produção do Koweit, devido à greve dos trabalhadores do setor petrolífero. A greve começou no domingo e não tem fim à vista.
No primeiro dia de paralisação, a produção baixou 60%.
Esta terça-feira, segundo a petrolífera estatal, a produção rondava 1,5 milhões de barris diários, pouco mais de metade da produção normal em março (2,8 milhões de barris por dia).
Os trabalhadores contestam os cortes dos salários e dos benefícios sociais.
Saif Mohammed al-Qahtani, representante sindical, explica que não queriam avançar para a greve, mas têm a impressão de terem sido forçados a isso por outras partes. Garante que pretendem apenas manter os direitos adquiridos e não têm novas exigências.
Os milhares de grevistas protestam ainda a reforma do setor público e a privatização de alguns ramos do setor petrolífero.
Uma funcionária adianta: “Não queremos prejudicar a economia. Pelo contrário. Trabalhamos para benefício do Koweit. Defendemos os interesses do Koweit. Eles falam de privatização. Nós, cidadãos, não beneficiamos com isso. Beneficia apenas o negócio”.
A greve limitou a queda do preço do petróleo após o fracasso da reunião de Doha entre países produtores.
O Koweit está a usar as reservas para respeitar os contratos e recorreu a funcionários qualificados de outros ministérios para manter as explorações a funcionar. O governo pondera ainda contratar trabalhadores estrangeiros para assegurar a produção durante a greve.