Apple não é julgada, mas também não desbloqueia iphones à Polícia

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O processo judicial do departamento de justiça dos Estados Unidos contra a Apple para forçar a empresa a desbloquear um iphone deixou de existir

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O processo judicial do departamento de justiça dos Estados Unidos contra a Apple para forçar a empresa a desbloquear um iphone deixou de existir depois de a tarefa ter sido feita por uma terceira parte.

O telemóvel fazia parte de um caso criminal de droga, em Nova Iorque.

A desistência do processo judicial não põe fim a visões diferentes entre empresas tecnológicas e polícia quanto à protecção de dados.
Se Bruce Sewell, advogado da Apple, afirma que os dois lados raciocinam de modo muito diferente quanto a esta questão sem explicitar em que consiste a diferença, já o chefe dos serviços secretos da polícia de Nova Iorque aponta a falta de pragmatismo em termos profissionais das questões de privacidade da Apple:
“No passado, um telefone ou uma escuta, obtidos legalmente através de um juiz, alertavam a polícia para sítios de descarga, esconderijos e alvos. Agora estamos literalmente às escuras e os criminosos também o sabem. Isto deixa a polícia e as pessoas que jurámos proteger numa posição muito precária. O que é mais alarmante é que isto não é ditado por quem é eleito, pelo sistema judicial ou pelas leis. É criado e controlado por empresas como a Apple e a Google.”

Segundo o departamento de justiça americano, o processo não pretendia estabelecer um precedente judicial, mas aclarar o acesso a indícios em aparelhos electrónicos, de acordo com o que os tribunais deliberam.

Em março, o estado americano tinha já desistido de um processo idêntico – também com o intuito de aceder ao iphone de um dos atiradores de San Bernardino, que vitimou 14 pessoas – assim que obteve o desbloqueamento através de uma terceira parte, a quem terá pago mais de um milhão de dólares para o efeito.

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