Um jornalista francês e dois antigos funcionários da PricewaterhouseCoopers, começam esta terça-feira a ser julgados no âmbito do caso “Lux Leaks”.
Um jornalista francês e dois antigos funcionários da PricewaterhouseCoopers, começam esta terça-feira a ser julgados no âmbito do caso “Lux Leaks”.
O antigo auditor da PwC, Antoine Deltour, outro antigo funcionário da PwC e o jornalista francês Edouard Perrin, serão, hoje, presentes a um juiz no Luxemburgo.
Para a organização Transparência Internacional, que luta contra a corrupção, no mundo,
“Os informadores desempenham um papel crucial na denúncia da corrupção e abuso de poder, em todo o mundo.”
Para o diretor europeu desta ONG, Carl Dolan, “o que Deltour fez é, claramente, do interesse público, expondo os acordos secretos sobre impostos que o governo do Luxemburgo fez com grandes multinacionais”.
Caso sejam condenados, podem incorrer em penas máximas de 5 anos de prisão e multas que podem ascender a 1,25 milhões de euros.
O “Lux Leaks” foi revelado em novembro de 2014 por 40 meios de comunicação internacionais, apoiados em documentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.
A investigação revelou acordos secretos que cerca de 300 empresas fizeram com o Governo luxemburguês para fugir aos impostos em outros países, entre 2002 e 2010.
Jean-Claude Juncker, o atual presidente da Comissão Europeia, foi primeiro-ministro do Luxemburgo entre 1995 e 2013.
Em 2015, o Parlamento Europeu criou uma comissão especial à evasão fiscal na União Europeia, que vai investigar a cumplicidade dos Estados-membros com grandes multinacionais para ajudá-las a fugir aos impostos em outros países.