Alemanha: O oportunismo da AFD do não ao Euro à renúncia do Islão

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O partido populista alemão, Alternativa para a Alemanha (AFD) reformula-se pela terceira vez desde a sua criação há três anos. A formação eurocética

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O partido populista alemão, Alternativa para a Alemanha (AFD) reformula-se pela terceira vez desde a sua criação há três anos. A formação eurocética, criada durante a crise do euro, e posteriormente anti-imigração durante a crise dos refugiados, assume-se, desde este domingo, como “anti-Islão”.

Uma mudança de programa aprovada durante o congresso do partido, durante este fim de semana, em Estugarda.

Uma nova estratégia, à extrema-direita, quando a AFD representa atualmente a terceira formação do país, com 13% de intenções de votos, segundo as sondagens.

Para o co-presidente da AFD, Jorg Meuthen,

“Não é possível aplicar a lei da Sharia sob o solo alemão. O tratamento do sexo feminino preconizado pelo Corão também não é compatível com a Constituição alemã. Mas isto não quer dizer que sejamos contra as pessoas de confissão muçulmana que estão pacificamente integradas neste país”.

Um “patriotismo sem complexos” que se tornou na nova palavra de ordem da formação.

O novo manifesto do partido considera que, o “Islão não faz parte da Alemanha”, defendendo a proibição da burca e do niqab em público, assim como a interdição dos minaretes das mesquitas.

Um programa similiar ao da extrema-direita francesa, holandesa ou austríaca, numa nova demonstração de oportunismo quando a AFD,acusada de integrar neonazis nas suas fileiras, tenta agora absorver o “êxito” do movimento anti-Islão Pegida.

A Alemanha acolhe atualmente perto de 4 milhões de muçulmanos, cerca de 5% da população do país. Uma comunidade formada, na sua maioria, por emigrantes turcos, aos quais se juntaram nos últimos anos, vários sírios, iraquianos e afegãos, chegados ao país em plena crise dos refugiados.

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