"1.° de Maio" junta vozes por todo o Mundo, mas deixa um morto na Turquia

"1.° de Maio" junta vozes por todo o Mundo, mas deixa um morto na Turquia
De  Francisco Marques com lusa, reuters, ansa, anadolu, tass, afp
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Um homem de 57 anos morreu este domingo durante uma manifestação, na Turquia, por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador. Centenas de

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Um homem de 57 anos morreu este domingo durante uma manifestação, na Turquia, por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador. Centenas de manifestantes tentaram aceder à mítica praça Taksim, em Istambul, por ocasião de uma manifestação no âmbito do “1.° de Maio”, mas foram repelidos por um forte contingente policial através de gás lacrimogéneo e canhões de água.

A vitima mortal terá sido atropelada por um veículo policial antimotim quando atravessa uma rua no centro da cidade. De acordo com a agência de notícias Anadolu, pelo menos 170 pessoas terão sido identificadas pelas autoridades turcas. Quase 25.000 agentes foram mobilizados para impor a ordem num dia normalmente utilizado pela oposição ao governo para a realização de protestos.

Tight security marks #Istanbul#MayDay rallies https://t.co/sx3WfQhV4opic.twitter.com/7QvZLJ41fJ

— ANADOLU AGENCY (ENG) (@anadoluagency) 1 de maio de 2016

Em Paris, este “1.° de Maio” fica marcado também por uma manifestação já recorrente nas últimas semanas contra a reforma da lei laboral em França. Um manifestante interpelado defendeu que “a liberalização do mercado de trabalho não é uma decisão democrática nem representa progresso social.”

Por todo a França, houve manifestação do Dia do Trabalhador. Em algumas, houve registo de momentos mais tensos entre manifestantes e as autoridades.

EN IMAGES. Un défilé du 1er mai sous tension à Paris https://t.co/u3PXggEViOpic.twitter.com/BKaFuEjQsT

— Le Parisien (@le_Parisien) 1 de maio de 2016

Em Estugarda, a tradicional manifestação do dia do trabalhador juntou milhares de pessoas e incluiu, este ano, alertas contra a xenofobia e a crescente afirmação da extrema-direita na Alemanha.

Em Roma, o Presidente italiano Sergio Matarella participou nas celebrações deste “1.° de Maio” e lembrou os trabalhadores que morreram enquanto desempenhavam funções, nomeando de forma especial as estudantes italianas do Programa Erasmus+, que morreram num acidente de viação em Espanha; a investigadora Valeria Solesin, assassinada no decurso dos atentados de Paris a 13 de novembro; e ainda Giuliu Regeni, o também investigador torturado e assassinado no Egito de forma ainda misteriosa.

Regeni foi, aliás, homenageado de forma particular no tradicional concerto do Dia dos Trabalhadores organizado todos os anos por forças sindicais na capital, Roma. Cerca de 300.000 pessoas terão assistido ao evento.

#ConcertoPrimoMaggio Organizzatori, nel pomeriggio al Concertone di Roma 300 mila persone https://t.co/kjMUJVHoao

— Agenzia ANSA (@Agenzia_Ansa) 1 de maio de 2016

Na capital espanhola, tal como na portuguesa, as tradicionais marchas de “1.° de Maio” voltaram a cumprir-se, promovidas como habitual por forças sindicais às quais se associaram diversos partidos de esquerda em ambos os países. A defesa do ensino público e aumento dos salários, por exemplo, fizeram parte das reivindicações em Lisboa., mas também a bandeira do Brasil e alusões à crise política no governo de Dilma Rousseff se puderam ver.

lisboa: bandeira do brasil e faixa 'golpe nunca mais' na marcha do 1º de maio pic.twitter.com/ImSY0dl2wl

— lucas rohan (@lucasrohan) 1 de maio de 2016

Na Rússia, 100.000 pessoas, de acordo com a policia, concentraram-se na Praça Vermelha para celebrar este “1.° de Maio”.

Ao contrário de outros locais no mundo, em Moscovo não se ouviram críticas ao governo. O Presidente Vladimir Putin apenas foi visado por apelos por mais emprego para os jovens.

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