A política petrolífera da Arábia Saudita não vai mudar, apesar da mudança de ministro. A garantia foi dada por Khaled al-Falih, o novo responsável da
A política petrolífera da Arábia Saudita não vai mudar, apesar da mudança de ministro. A garantia foi dada por Khaled al-Falih, o novo responsável da pasta da Energia, Indústria e Recursos minerais.
Khaled al-Falih, 56 anos, antigo ministro da Saúde, é presidente da Aramco e defende o equilíbrio dos preços através do mercado. Sucede a Ali al-Naimi, 81 anos, ministro do Petróleo durante duas décadas.
O analista Graham Griffiths estima que “Khaled al-Falih faz parte do consenso criado por Ali al-Naimi em torno da atual política de produção da Arábia Saudita e que é, por isso, o homem da continuidade”.
Al-Falih terá a tarefa de acelerar as reformas e a reestruturação da economia. Uma estratégia revelada em meados de abril, pelo príncipe Mohammed, com o objetivo de reduzir a dependência da Arábia Saudita das receitas do petróleo.
A new Saudi minister has the task of easing dependence on oil, a complicated task https://t.co/KOyM355KwKpic.twitter.com/qpI17S6I2y
— The New York Times (@nytimes) 9 de maio de 2016
O novo superministério terá o controlo de 53% do PIB saudita.
Graham Griffiths adianta: “Penso que a designação de Ministério da Energia, Indústria e Recursos Minerais dá uma ideia do tipo de portfólio que Kaleh al-Falih terá de coordenar, a política energética do país, quer em termos de eletricidade, de petróleo e outros setores”.
A venda de parte da Aramco é fundamental para a política de reformas. A Arábia Saudita vai vender 5% da maior petrolífera mundial nas bolsas de Hong Kong, Londres e Nova Iorque. A operação deverá ascender a 2,5 biliões de dólares.