Ucrânia: Dois anos de uma guerra sem fim à vista

Ucrânia: Dois anos de uma guerra sem fim à vista
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De  Maria Barradas
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Na Ucrânia, a guerra entre o exército e os separatistas pró-russos dura há dois anos. 9300 mortos; um milhão e meio de refugiados e o conflito não

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Na Ucrânia, a guerra entre o exército e os separatistas pró-russos dura há dois anos. 9300 mortos; um milhão e meio de refugiados e o conflito não tem fim à vista.

Tudo começou quando o então presidente, Viktor Yanukovic, suspendeu a assinatura do acordo de associação entre a Ucrânia e a União Europeia.
Uma decisão que revoltou os ucrânianos que não hesitaram em sair à rua e manifestar-se. Face à repressão policial, os confrontos eclodiram rapidamente, com um balanço dramático de uma centena de mortos.

Com a ajuda da União Europeia, o país prepara-se para eleições presidenciais antecipadas, mas a fuga de Yanukovic precipita os acontecimentos.

Com um governo interino no em Kiev, Vladimir Putin fala de golpe de estado e ameaça com o recurso a todas as opções possíveis, inclusivé a força.

Daí à anexação da Crimeira, bastou apenas um mês. Um referendo no território pôs a península nas mãos de Moscovo e inflamou a chama separatista nas regiões fronteiriças entre os dois países, particularmente em Louhansk e Donetsk.

Foram também organizados referendos nestas regiões, mas a Ucrânia não estava disposta a esquartejar mais o seu território.

Petro Poroshenko, eleito a 25 de maio, decide o envio imediato do exército para as regiões rebeldes. Foi o início da guerra, com batalhas violentas nos arredores de Soviansk e Donetsk e os combates multiplicaram-se por toda a região fronteiriça.

O abate, no leste da Ucrânia, do avião que efetuava o voo MH 17 entre Amesterdão e Kuala Lampur dá uma nova dimensão ao conflito. A Rússia é alvo de sanções por parte dos países ocidentais, que tentam um acordo entre Putin e Poroshenko.

Um primeiro cessar-fogo foi negociado em Minsk, na Bielorrussia, em setembro de 2014, mas nunca foi respeitado. Cinco meses mais tarde chegou-se a outro compromisso, mas as armas nunca se calaram completamente.

Os confrontos continuados na região deixam as populações reféns de um quaotidiano de condições de vida muito difíceis e impedem os milhares que partiram de regressarem a casa.

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