Áustria prepara eleições históricas

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De  Euronews com AFP, Reuters
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Este domingo a Áustria vai às urnas para a segunda volta de eleições presidenciais que podem vir a revelar-se históricas.

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Este domingo a Áustria vai às urnas para a segunda volta de eleições presidenciais que podem vir a revelar-se históricas.

A vitória do candidato da extrema-direita na primeira volta abriu as portas a um duelo inédito. Sociais-democratas e conservadores, que desde 2007 governavam o país em conjunto, sofreram um enorme revés na primeira volta, a 24 de abril, e ambos os candidatos foram afastados da corrida
ao poder.

Este domingo o duelo eleitoral coloca frente a frente os candidatos presidenciais da extrema-direita, Norbert Hofer do FPO (que obteve 35% dos votos na primeira volta) e o antigo líder dos Verdes Alexander Van der Bellen que ficou nos 21,3%.

No sistema aústriaco, o presidente não participa na gestão corrente do país mas tem o poder de nomear o chanceler e dissolver o parlamento.

A primeira vítima do novo status quo foi o chanceler Werner Faymann que este mês se demitiu do cargo.

Esta terça-feira, o novo Chanceler, Christian Kern, tomou posse. Kern vem dos sociais-democratas (SPO) encabeçando a coligação governamental (em conjunto com os conservadores do PP) que viu os seus candidatos presidenciais afastados na primeira volta das eleições.

A confirmar-se o cenário, enquanto Chanceler, Christian Kern terá que coabitar com um chefe de estado de extrema-direita, a primeira vez que tal acontece na Europa depois da Segunda Guerra Mundial.

Questões como o aumento da incerteza e insegurança, os refugiados e um sentimento generalizado de angústia são apontadas como razões para a atual situação.

O candidato dos Verdes, Alexander Van der Bellen, já acusou o seu adversário, Norbert Hofer, de preparar uma mudança de executivo ou mesmo eleições antecipadas que podem vir a favorizar a extrema-direita.

O correspondente da euronews em Viena, Julien López afirma:

“Quase seis milhões e 400 mil aústriacos são chamados às urnas este domingo. Na primeira volta das presidenciais, a taxa de abstenção situou-se na casa dos 31%. No entanto, os analistas locais convergem num ponto, seja qual for o resultado, estas eleições são um marco na história política recente da Áustria”.

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