Quem é Salah Abdeslam?

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De  Maria Barradas
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Salah Abdeslam, considerado o homem dos atentados de Paris, é o último dos membros do comando ainda vivo.

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Salah Abdeslam, considerado o homem dos atentados de Paris, é o último dos membros do comando ainda vivo. “Se confirmar a intenção de colaborar“http://www.lemonde.fr/attaques-a-paris/article/2016/05/20/auditionne-en-france-pour-la-premiere-fois-salah-abdeslam-n-a-pas-souhaite-s-exprimer_4923242_4809495.html com a justiça, pode dar um grande contributo à investigação.

Jovem marginal radicalizado, este francês, que cresceu na Bélgica, foi o fugitivo mais procurado na Europa após os atentados de 13 de novembro em Paris.

Depois de quatro meses de fuga, Salah Abdeslam foi detido em Molenbeek, na Bélgica, onde cresceu. É o único suspeito dos ataques nas mãos da justiça. Dois outros – acusados em Paris – são figuras de segundo plano. Abdeslam teve um papel crucial nos atentados e também nos preparativos.

Antes da noite dos ataques, que fizeram 130 mortos, foi ele quem alugou os veículos e os apartamentos que serviram de refúgio na região parisiense. Foi também ele que conduziu os três kamikazes ao Stade de France,
tendo voltado para a Bélgica no dia seguinte. Foi filmado pelas câmaras de vigilância nesta estação de serviço próxima da fronteira entre a França e a Bélgica.

Abdeslam mentiu quando disse à justiça belga que só tinha visto uma vez , Abdelahmid Abaaoud, o presumível cérebro dos atentados na capital francesa. Na verdade, eram amigos de infância em Molenbeek. Abaooud foi morto pela polícia no raide efetuado em Saint Denis, no dia 18 de novembro.

Apresentou-se como um pião nas mãos do seu irmão mais velho, Brahim, que segundo ele é o responsável dos massacres, juntamente com Abaaoud.

Mas Abdeslam é também amigo de infância de Mohamed Abrini, que uma foto divulgada nos media mostra, no dia 11 de novembro de 2015, com uma das viaturas que viria a ser utilizada nos ataques de Paris.

No dia a seguir à sua detenção em Bruxelas, em abril, Abrini reconheceu ser o homem do chapéu que acompanha os dois kamikazes que se fizeram explodir no aeroporto de Bruxelas, no dia 22 de março. Uma fotografia que correu o mundo.

Noutra fotografia surge Najim Laachraoiu, possivelmente o fabricante das bombas, que tinha sido visto com Abdeslam num controlo de fronteira entre a Áustria e Húngria, no dia 9 de setembro.

Desde que foi extraditado para França, no dia 27 de Abril, Abdeslam faz-se representar pelo advogado francês Frank Berton

“Encontrei Salah Abdeslam que me pareceu debilitado e muito atento. A sua defesa é uma defesa de explicação, senão não teria sentido, não necessitaria de advogado, podia defender-se sózinho”,afirmou.

O seu advogado belga, Sven Mary, descreve-o como um pobre de espírito, muito mais um seguidor do que um líder, um indício de que a linha de defesa poderá ser a minimização do papel de Abdeslam nos ataques.

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