As autoridades iraquianas levantaram o recolher obrigatório em Bagdade, imposto durante várias horas, depois dos violentos confrontos de sexta-feira na chamada “zona…
As autoridades iraquianas levantaram o recolher obrigatório em Bagdade, imposto durante várias horas, depois dos violentos confrontos de sexta-feira na chamada “zona verde”.
Centenas de manifestantes xiitas tinham conseguido penetrar na zona de alta segurança, e mesmo nos escritórios do primeiro-ministro, para protestar contra a corrupção.
Um manifestante afirma:
“Nós seguimos as ordens de Sayyid Muqtada al-Sadr, trata-se de um protesto pacífico. Sabemos agora quem esteve por detrás dos bombardeamentos em Sadr City, Kadhimiya e Adil. Hoje o governo mostrou o seu lado terrorista”.
O protesto degenerou em violência, com cerca de seis dezenas de feridos, depois da polícia recorrer a gás lacrimogéneo e balas reais para dispersar os manifestantes.
Trata-se da segunda invasão em menos de três semanas, protagonizada pelos apoiantes do clérigo xiita Moqtada Al-Sadr, que critica a passividade do atual executivo.
O primeiro-ministro iraquiano, Haidar Al-Abadi, condenou o protesto:
“O assalto de hoje às instalações do governo, a destruição de propriedade pública é inaceitável e não podemos ser complacentes com os atacantes, os transgressores deverão ter que responder perante a lei”.
Os protestos violentos são o reflexo de uma nova crise política no país. O atual primeiro-ministro tarda em renovar o atual governo e em aplicar as reformas contra a corrupção, destinadas a contrariar o peso dos grandes partidos comunitários do país.