França contesta reforma da legislação laboral

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A França está à beira de uma crise social e económica sem precedentes.

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A França está à beira de uma crise social e económica sem precedentes. A reforma do Código do Trabalho aprovada na semana passada gerou uma onda de contestação de norte a sul do país. E as centenas de milhares de pessoas que saíram à rua, nos últimos meses, não parecem dispostas a baixar os braços

Em causa está o projeto de lei que os manifestantes consideram favorecer as empresas e patronato, em detrimento dos trabalhadores. A revisão do projeto com o reforço do caráter do contrato de trabalho por tempo indeterminado trouxe alguma acalmia, mas as estruturas sindicais não duvidam que os franceses vão perder qualidade de vida.

“O objetivo é paralisar o tráfego, os camiões e, desta forma, bloquear a economia. Vamos tentar bloquear a circulação para passar a mensagem de que existe uma forte mobilização” refere o sindicalista, Laurent Casanova.

O protesto sobe de tom, mas o Governo recusa recuar. As greves e as ações de protesto contra a reforma da legislação laboral já paralisaram várias refinarias. O ministro das Finanças diz que algumas ações são “ilegítimas.”

Certo, é que este projeto de lei se tornou uma verdadeira dor de cabeça para o Governo de Manuel Valls que com uma taxa de desemprego na ordem dos 10% e face ao abrandamento económico decidiu mudar as leis do trabalho e facilitar a contratação. A chuva de críticas não tardou com o patronato a denunciar uma lei “tímida” e os sindicatos um ataque aos direitos dos trabalhadores.

Nem mesmo os deputados do partido no poder estão de acordo em relação à reforma laboral que o executivo decidiu aprovar sem o aval do Parlamento. O primeiro-ministro francês sobreviveu à moção de censura apresentada contra o Governo pela oposição conservadora e centrista que contou, também, com o apoio de alguns socialistas. A reforma da lei do trabalho tem agora de passar no Senado.

A um ano das presidenciais, a popularidade de François Hollande continua em queda livre nas sondagens. A recandidatura do socialista ainda não é certa, mas os analistas admitem que a acontecer não passe à segunda volta.

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