Túnel ferroviário de São Gotardo: Uma obra titanesca no coração dos Alpes

Túnel ferroviário de São Gotardo: Uma obra titanesca no coração dos Alpes
De  Euronews
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1999 foi o ano do pontapé de saída para uma obra titanesca que durou 17 anos.

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1999 foi o ano do pontapé de saída para uma obra titanesca que durou 17 anos. Perfurar o massivo rochoso de São Gotardo, no coração dos Alpes suíços, para construir um túnel.

Para o escavar, foram usadas quatro perfuradoras gigantes: Gabi 1 e 2, Heidi e Sissi, cada uma com 300 toneladas, que iniciaram os trabalhos em 2003. Mais de 28 milhões de pedras de 73 tipos diferentes de rocha foram extraídos das entranhas da montanha.

A 15 outubro de 2010 Sissi perfura os últimos metros de rocha. O desvio é de apenas oito centímetros na horizontal e um centímetro na vertical. Uma proeza. No interior do túnel, a temperatura atinge os 45 graus. Nove trabalhadores perderam a vida durante as obras.

O novo túnel ferroviário é o mais profundo no mundo, 2300 metros sob o massivo rochoso do Piz Vatgira, e o mais longo, com 57 quilómetros entre Erstfeld e Bodio, para apenas 20 minutos de percurso.

Depois foi preciso instalar 300 quilómetros de carris e 380 000 travessas de betão, para preparar a via para os comboios de alta velocidade.

O túnel é composto por três condutas – duas para os comboios, de forma a que não se cruzem, e uma para evacuação de passageiros.

Os comboios de passageiros podem atingir 250 km/hora e os de mercadorias, 160 km. E, como o percurso é plano, os comboios mais pesados poderão circular com uma única locomotiva.

Esta obra é um eixo fundamental na linha ferroviária que atravessa os Alpes e que se insere no corredor Reno-Alpes, que se estende de Roterdão, nas margens do mar do Norte, até Génova, no Mediterrâneo.

O objetivo desta via ferroviária é descongestionar as estradas, particularmente as que dão acesso ao túnel rodoviário de São Gotardo e tornar mais fluído o tráfego de mercadorias, cujo volume se espera sofra um aumento de 20%, até 2020, no eixo Roterdão/Génova.

Tudo isto, claro, reduzindo os níveis de poluição nos Alpes.

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