Arriscaram a vida para chegar à Europa, que lhes parecia a terra prometida.
Arriscaram a vida para chegar à Europa, que lhes parecia a terra prometida. Mas a realidade foi bem diferente do que sonhavam. Muitos refugiados sírios acabaram por ficar retidos em campos enlameados da Grécia e pagam agora a traficantes para os levarem de volta para o país natal, mesmo devastado pela guerra.
“Não esperávamos ser tratados desta maneira na Europa. Pensámos que seriam humanos, que olhariam por nós e pelos nossos filhos. Pensámos que nos iriam ajudar, mas foi precisamente o contrário. A Europa não sente nada por nós”, lamenta Atia Al-Jassem, um barbeiro oriundo de Damasco.
Por estas razões, a família de Atia faz agora o percurso de volta ao país natal, começando por apanhar um comboio em Salónica rumo à Turquia.
Outros sírios conseguiram chegar à Alemanha, o país que desejavam, mas que também acabou por desiludi-los…
Dania Rasheed, refugiada síria, critica as condições em que vive na Alemanha: “Sinto humilhação e desrespeito. A nossa vida não é estável. Há pressão psicológica, tudo é proibido. Nada corre bem. O tratamento não nos permite ter a vida que tínhamos antes na Síria”.
A Alemanha não tem um programa de retorno para os sírios, uma vez que devido à guerra todos reúnem os requisitos para pedir o estatuto de refugiado. Mas o país tem repatriado afegãos e iraquianos.