A França abriu esta segunda-feira, em Paris, mais uma edição da Eurosatory, a feira internacional de defesa e segurança, numa altura em que um estudo britânico coloca os gauleses na perspetiva de ultr
A França abriu esta segunda-feira, em Paris, mais uma edição da Eurosatory, a feira internacional de defesa e segurança, numa altura em que um estudo britânico coloca os gauleses na perspetiva de ultrapassarem a Rússia como segundo maior exportador de armas do Mundo, atrás dos Estados Unidos.
A IHS Jane’s 360 garante que os últimos dois anos (2014-15) foram os melhores em termos de vendas gaulesas das últimas décadas e este ano já terá assegurada uma encomenda australiana de submarinos avaliada em quase 35 mil milhões de euros. Juntando a outros negócios já concretizados, por exemplo, com a Índia, a Arábia Saudita ou o Egito, a França deverá impor à Rússia em 2018 a queda na tabela das exportações de armas pela primeira vez em décadas.
Record breaking $65bn global defence trade in 2015 according to
IHS4DefRiskSec</a> our latest release: <a href="https://t.co/M2m2eLTVDD">https://t.co/M2m2eLTVDD</a></p>— IHS news (
IHS_news) 13 de junho de 2016
A abertura da Eurosatory foi, contudo, perturbada pela invasão de um grupo de ativistas. Aos gritos de “Paz, não guerra”, os invasores atiraram tinta vermelha e tinta amarela contra alguns dos equipamentos militares em exposição e em alguns cartazes podia ler-se a comparação desta feira de armamento com um supermercado de morte.
Leclerc tank gets a new paint job at #Eurosatory courtesy if some protestors! Haha. It blends quite well actually! pic.twitter.com/X9PWp3cj0X
— Tim Fish (@sweeneygov) 13 de junho de 2016
#Eurosatory. L’édition 2016 du salon de la #Défense est particulière. Éléments de réponse avec le général Bosser.https://t.co/hZnvrD9TCq
— Armée de Terre (@armeedeterre) 13 de junho de 2016
Empresas brasileiras marcam presença na feira da indústria de defesa https://t.co/R9Bnfmt1jV#Eurosatory#Abimdepic.twitter.com/y1m1GhRvAI
— DefesaeSeguranca (@DefesaSeguranca) 13 de junho de 2016
Um dos ativistas, Christpher Haton, revelou trabalhar “em zonas de conflito” onde tem contactado com “os problemas provocados pelas armas e os problemas da falsa segurança”. “Segurança é importante, eu compreendo isso. As pessoas precisam de se sentir em segurança, mas há outras formas de trabalhar. Eu trabalho muito com refugiados vítimas de armas e do equipamento aqui à venda”, alertou.
A abertura desta feira de armamento em Paris contou com a presença do ministro francês da defesa, Jean-Yves Le Drian, num dia em que até o Papa Francisco apelou ao fim da circulação livre de armas no mundo.
“Não faz diferença de onde as armas vêm, elas circulam descaradamente e com liberdade praticamente absoluta em várias partes do mundo”, lamentou o Sumo Pontífíce durante uma visita ao Programa Alimentar Mundial.
Papa Francisco defende fim da livre circulação de armas em todo o mundo https://t.co/mbe5y0gRFN#economico#depic.twitter.com/oZezz1Fdnm
— Diário Económico (@diarioeconomico) 13 de junho de 2016