Mantém-se a incerteza nos mercados em relação àquilo que a Reserva Federal norte-americana pretende fazer.
Mantém-se a incerteza nos mercados em relação àquilo que a Reserva Federal norte-americana pretende fazer. Para os analistas, no final da reunião que termina esta quarta-feira, os responsáveis do banco central norte-americano não deverão mexer nas taxas de juro.
O cenário de um voto favorável à saída do Reino Unido da União Europeia tornou-se mais provável, o que impõe prudência à Fed.
“Neste momento, acho que é pouco provável um aumento das taxas de juro em julho. Há que olhar numa perspetiva de longo prazo. Parece-nos improvável um aumento da taxa possivelmente até depois das eleições. Acho que o Fed vai dizer ok. Se não for este verão, será mais adiante, fica apenas um pouco arriscado, com o aproximar das eleições”, prevê o Mike Bailey, diretor de pesquisa na FBB Capital Partners.
Os dados de Maio para o mercado de trabalho, divulgados na passada quarta-feira, reveleram o ritmo de crescimento do emprego mais lento dos últimos seis anos, com apenas 38 mil novos postos de trabalho criados, e estes números são igualmente um motivo para que a Fed evite decisões precipitadas na sua intenção de reconduzir as taxas de juro dos EUA a um nível mais normal.
A Reserva Federal norte-americana tem sido acusada de colocar em causa a sua própria credibilidade, por falta de clareza na definição da sua estratégia, depois de ter recuado em relação ao quadro que traçou no final do ano passado.