A Tate Modern foi alargada e pretende ser vanguardista

A Tate Modern foi alargada e pretende ser vanguardista
De  Nelson Pereira
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A Tate Gallery of Modern Art, foi alargada.

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A Tate Gallery of Modern Art, foi alargada. Com a inauguração da nova extensão, a Switch House, o museu de arte moderna londrino aumentou em cerca de 60% a sua superfície de exposição. A expansão do museu custou cerca de 329 milhões de euros. Foi projetada pelos arquitetos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron, os mesmos que se tinham encarregado da reconversão da antiga central elécrica desativada que deu origem ao museu.

A nova torre em formato de pirâmide permitirá aos visitantes descobrir 800 obras de 300 artistas de 50 países e apreciar vistas panorâmicas de Londres.

Segundo Herzog, “O projecto é muito inspirado pela história. É um local industrial que foi transformada, mas também é radicalmente novo. Acho que é muito importante essa combinação de coisas diferentes”.

Desde que foi inaugurada, há 16 anos, a Tate Modern atraiu uma média de cinco milhões de visitantes por ano à margem sul do Tamisa.

“A arte muda, nós mudamos” – é o slogan deste projeto de expansão.

“Tentamos misturar o familiar e o insólito. Queremos mostrar que os artistas não se limitam refletir a geração a que pertencem ou a geração anterior – vão buscar inspiração às pessoas que viveram há 50 ou 100 anos atrás para construirem as suas obras. Acho que é isto que é interessante na forma como a arte é aqui exibida”, salientou o diretor do museu, Nicholas Serota.

A coleção junta nomes familiares, como Picasso e Matisse, a trabalhos menos vistos, produzidos não apenas em Londres, Paris ou Nova York, mas também em Zagreb, São Paulo ou Tóquio.

Há uma maior representatividade feminina nas coleções em exibição. Metade das salas individuais é ocupada por mulheres. Entre elas, a japonesa Yayoi Kusama, a romena Ana Lupa e a francesa Louise Bourgeois, conhecida pela sua instalação de arte em grande escala como estas esculturas de aranhas.

Para a crítica de arte Estelle Lovatt, “isto é muito século XXI. É assim que os museus vão passar a ser a partir de agora. É interativo, é envolvente , é impulsivo, provoca-nos a deambular pelas salas, envolve-nos com a arte. Isto acontece muito raramente. Muitas pessoas ainda estão intimidadas diante de uma galeria de arte e queremos mudar isso.”

A nova Tate Modern tem espaços reservados à arte ao vivo. O etnomusicólogo de origem libanesa Tarek Atoui é um dos primeiros a apresentar aqui os seus instrumentos musicais feitos em cerâmica, madeira, pedra, vidro e metal.

As entradas são gratuitas. A área aberta ao público tem três pisos para exposições. Os outros andares são ocupados por salas para cursos, atividades comunitárias, restaurante e um terraço.

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