Desativar a bomba da obesidade

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A obesidade continua a progredir na Europa a um ritmo alarmante.

A obesidade continua a progredir na Europa a um ritmo alarmante. A Suécia está a testar agora uma tecnologia que deteta previamente situações de risco, evitando distúrbios alimentares.

Na escola Internationella Engelska, em Estocolmo, os alunos pesam o que vão comer. Utilizam pequenas balanças chamadas “mandómetros”, que fazem parte de um projeto destinado a evitar a obesidade e os distúrbios alimentares.

Chama-se Splendid este projeto europeu e consiste, essencialmente, em encontrar uma resposta tecnológica para travar os abusos na alimentação. Os estudantes desta escola têm à sua disposição, para além do mandómetro, uma aplicação no smartphone e um sensor de atividade.

Is the world getting dangerously fat? https://t.co/UbltsDpH2O#obesitypic.twitter.com/QSzR6h6uwl

— World Economic Forum (@wef) 14 juin 2016

Um dos responsáveis do Splendid, Ioannis Ioakeimidis, explica que há também “um protótipo de um sensor que analisa a mastigação. Colocamo-lo na orelha e usamo-lo o dia inteiro para apurar automaticamente, juntamente com outros dados que são processados, a quantidade de comida ingerida.”

“Passamos a odiar-nos a nós próprios”

Os investigadores estão a aperfeiçoar os algoritmos para oferecer um feedback o mais fiável possível. Já os estudantes destacam que tomaram consciência de hábitos que nem imaginavam. “Apercebi-me do quanto eu estava a comer…” ou “fiquei admirada com a rapidez com que como” são depoimentos frequentes.

O projeto, que se estende por cinco países, tem como um dos elementos principais uma balança, criada em 1993, conhecida como “mandómetro”. Este aparelho vai informando os utilizadores da quantidade de comida de que necessitam, da velocidade a que devem ingerir os alimentos, quando devem parar e quando é atingido o limite de saciedade.

O coordenador, Anastasios Delopoulos, afirma que “a balança ainda está em desenvolvimento. Um dos próximos passos é preparar a sua utilização em grande escala. Os grupos-alvo existem, estão identificados. Há uma enorme parte da população que corre o risco de obesidade.”

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a taxa de obesidade duplicou entre 1980 e 2014, tornando-se num dos principais problemas de saúde pública. Cecilia Bergh, fundadora da Mandometer Clinics, realça que “os tratamentos que existem são de longa duração e consistem ou em medicamentos ou em cirurgias. O objetivo do nosso trabalho é evitar que os distúrbios cheguem a esse ponto.” As estimativas dizem que há 2 mil milhões de pessoas com excesso de peso.

Pierre Vial perdeu 43 quilos ao longo do último ano. O seu exemplo é esclarecedor: “Quando se ganha mais peso a este nível, passamos a odiar-nos a nós próprios. Deixamos de olhar para o espelho. Usamos uma roupa qualquer, não importa.”

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