Vladimir Putin: "a responsabilidade do doping tem de ser personalizada"

Vladimir Putin: "a responsabilidade do doping tem de ser personalizada"
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Pessoal e intransmissível.

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Pessoal e intransmissível.

É assim que o presidente russo Vladimir Putin encara a responsabilidade do consumo de substâncias dopantes no desporto de alta competição.

É a reacção de Moscovo ao anúncio da Federação Internacional de Atletismo (FIA) que diz que a Rússia não cumpriu o que se esperava em termos de reforma quanto à dopagem verificada.

Aos jornalistas, Putin declarou: “Eu já falei sobre isto antes. Claro que não é justo. Estes são princípios de valor mútuos e aceitáveis, um dos quais é a de que a responsabilidade deve ser personalizada.”

A tomada de posição da FIA, tornada pública numa conferência de imprensa em Viena, na sexta-feira, implica a suspensão da participação dos atletas russos nos Jogos Olímpicos de Verão, a começar em agosto, no Rio de Janeiro, Brasil.

A Rússia viu a suspensão abater-se sobre os desportistas quando, em novembro passado, um relatório independente da Agência Internacional Anti-Dopagem revelou uma rede de dopagem com patrocínio estatal.

Na quarta feira, um novo relatório publicitava 52 testes de controlo falhados desde então e histórias de tentativas rocambolescas para evitar, obstruir ou exercer intimidação sobre os técnicos de testes anti-dopèagem.

Sebastian Coe, o presidente da Federação, disse aos jornalistas que alguns progressos foram feitos, mas não os suficientes. E que a política não entrou na decisão.

O Comité Olímpico Internacional mostrou-se preocupado com os atletas isentos de uso de doping poderem ser castigados e não excluiu a possibilidade de garantier a atletas russos uma licença de dispensa da suspensão em vigor, declarando ter “tomado nota” da decisão da FIA e que discutirá as medidas breves a tomar internamente.

Os Estados Unidos reagiram, através do Director do Comité Olímpico americano, Scott Blackmun: “A decisão de hoje é um passo na direção certa. Dá alguma esperança a atletas que não usam substâncias dopantes e afirma que há consequências não só para os atletas que se dopam, como para países que não se empenham seriamente no combate ao doping.”

Yiulia Stepanova, a atleta olímpica que denunciou a dopagem patrocinada pelo estado russo e que se encontra nos Estados Unidos, escondida por motivos de segurança, inclui-se na suspensão vigente mas recebeu a decisão da FIA com agrado.

A russa vê esta medida e possibilidade de participação nos próximos olímpicos como uma regra simples: quem não acusa doping, pode vir a participar.

O Comité Olímpico Internacional pode vir a dar-lhe razão.

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