Todo o futebol na internet via satélite

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A transmissão por satélite deixou de ser exclusiva dos grandes eventos desportivos.

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A transmissão por satélite deixou de ser exclusiva dos grandes eventos desportivos. Graças às novas tecnologias, também os clubes mais pequenos de futebol, por exemplo, podem agora difundir jogos em direto.

Por estas semanas, os encontros do Euro 2016 dominam as transmissões por satélite. Mas sabia que existe uma tecnologia que permite aos clubes mais pequenos difundirem os seus jogos em direto? Vamos conhecer o exemplo do Clube de Futebol de Cuneo, em Itália, e explorar o funcionamento deste recurso tecnológico com a operadora francesa Eutelsat.

De Cuneo para o mundo

Os jogadores do Clube de Futebol de Cuneo não estavam habituados a ter muito público nos seus jogos. Mas isso mudou. Esta equipa, do norte de Itália, tem multiplicado o número de espetadores graças a um serviço que combina internet e satélite. Tudo por causa de um projeto piloto no seio da Lega Pro – que corresponde à terceira divisão italiana -, no âmbito de um consórcio com a Agência Espacial Europeia (ESA).

“É claro que é positivo para um campeonato como o da Lega Pro, que não tem obviamente tantos adeptos como a Primeira Liga, a Segunda ou a Liga dos Campeões. É uma grande oportunidade para esta competição. Para o Cuneo, representa mais visibilidade em todo o lado”, explica-nos Simona Ragusa, do departamento de comunicação do clube.

#calcio#Cuneo#Sabato30prile alle ore 14.30 allo stadio #PaschieroACCuneo1905</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Renate?src=hash">#Renate</a> <a href="https://t.co/TQCas4w56y">https://t.co/TQCas4w56y</a> <a href="https://t.co/d1BM9QHJes">pic.twitter.com/d1BM9QHJes</a></p>&mdash; Cuneo Calcio (ACCuneo1905) 29 de abril de 2016

E significa também a possibilidade de conquistar novos seguidores que se interessem por mais opções no futebol. Segundo Simona, “os adeptos que vêm aos estádios já não são tantos assim. Não é como noutros campeonatos. Mas agora têm a possibilidade de ver estes jogos em casa ou no telemóvel.”

Do satélite para a internet

A operadora francesa Eutelsat transmite os encontros da Lega Pro num canal de streaming chamado Sportube. Isto graças à denominada Banda Ka, uma faixa de frequências que permite um grande fluxo de banda larga via satélite a custos mais acessíveis.

“A Eutelsat recebe os sinais de diferentes pontos da Europa via satélite e distribui-os pela internet através da rede de fibra. Os dados que enviamos para os satélites são convertidos em bits, a unidade básica da informação. Um telefonema requer alguns milhares de bits por segundo. Na televisão de alta definição, nas emissões desportivas, a complexidade é muito maior e, por isso, são necessários milhões ou milhares de milhões de bits por segundo”, afirma Cristiano Benzi, responsável da operadora.

#legapro come hai vissuto la #semifinale di andata?
raccontacelo con una foto/video
info@sportube.tv pic.twitter.com/mCT7xzoZwF

— Sportube.tv (@SportubeWebTV) 23 de maio de 2016

A banda larga via satélite é utilizada, portanto, na transmissão televisiva e nos serviços web. Na Europa, há vários pontos onde a internet ainda não chegou via terrestre. “Porquê a internet via satélite? A grande vantagem é que basta um descodificador, que é muito barato, e que é possível instalar em qualquer parte para ter acesso a uma ligação como a da ADSL. Outra vantagem é a cobertura: o sinal de satélite chega a todo o lado”, salienta Benzi.

Da alta definição para o ultra HD

Um dos próximos passos desta tecnologia assente em satélites geoestacionários é disseminar as transmissões em ultra HD. Jean Luc Deroudilhe, diretor executivo da Fransat (filial da Eutelsat), realça que “o padrão na televisão de amanhã será a ultra alta definição. A qualidade é muito maior, tem quatro vezes mais pixeis do que a alta definição – isto é, oito milhões -, e são muito melhores.”

“Estamos a estudar a possibilidade de multiplicar o número de câmaras, os pontos de captação de imagens. Pode ser o próprio jogador, por exemplo. Podemos instalar câmaras nas camisolas dos jogadores e acompanhar as jogadas no terreno. Dessa forma, não temos apenas uma perspetiva: temos várias dentro do relvado. Isso desdobra as experiências possíveis, a forma de viver o desporto”, aponta Deroudilhe.

O Cuneo ainda tem de esperar por esta revolução, mas entretanto tem a oportunidade de mostrar o que vale a uma audiência potencial de 200 milhões de espetadores europeus.

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