"Brexit": George Osborne tenta tranquilizar mercados, mas fracassa

"Brexit": George Osborne tenta tranquilizar mercados, mas fracassa
Direitos de autor 
De  Patricia Cardoso com REUTERS, LUSA
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A economia do Reino Unido terá de ajustar-se à nova situação, mas o ministro britânico das Finanças estima que o país está preparado e equipado para fazer face aos desafios que implicam a saída da Uni

PUBLICIDADE

A economia do Reino Unido terá de ajustar-se à nova situação, mas o ministro britânico das Finanças estima que o país está preparado e equipado para fazer face aos desafios que implicam a saída da União Europeia.

Esta segunda-feira, na primeira declaração após o referendo, George Osborne tentou tranquilizar os mercados, antes de uma nova sessão.

George Osborne defendeu: “Os mercados talvez não esperassem este resultado do referendo, mas o Ministério das Finanças, o Banco de Inglaterra e a Autoridade de Conduta Financeira passaram os últimos meses a implementar planos de contingência para fazer face aos efeitos imediatos do resultado. Nas últimas semanas, nós e a Autoridade de Regulação Financeira trabalhámos sistematicamente com cada uma das grandes instituições financeiras para ter a certeza de que estavam prontas a lidar com as consequências do voto a favor da saída”.

#George Osborne we are equipped for the inevitable

— TechniDeb (@Technideb) 27 de junho de 2016

As palavras de Osborne surtiram poucos efeitos nas bolsas.

Os mercados continuam nervosos. As bolsas europeias estão em forte queda e a divisa britânica paga o preço da incerteza.

As ações do setor bancário registavam importantes quedas e os títulos dos bancos Barclays e Royal Bank of Scotland (RBS) foram temporariamente suspensos.

Os bancos estão entre os mais castigados pela volatilidade dos mercados devido ao “Brexit”.

Trading in #Barclays and RBS shares was suspended on Monday morning following heavy losses on the London Stock Exchange. #FTSE100

— Ali Hamoudi (@AHamoudi1) 27 de junho de 2016

Mesmo assim, Mike Ingram, analista da BGC Partners, considera que não se vai repetir o cenário de 2008: “Houve uma certa dose de contágio nos mercados internacionais, mas não penso que haja alguém a dizer que estamos a assistir ao fracasso sistémico do sistema financeiro mundial. As autoridades fizeram um bom trabalho para melhorar e aumentar a resiliência do sistema financeiro mundial. Como referiu George Osborne, os bancos no Reino Unido têm perto de dez vezes o capital que tinham em 2007 e 2008”.

Na sessão desta segunda-feira, a libra atingiu mínimos de 31 anos face ao dólar. Chegou a valer 1,31 dólares.

‘Brexit’ shockwaves slam markets https://t.co/hyW9MFnCYBpic.twitter.com/jLsYZw5Slv

— Wall Street Journal (@WSJ) 27 de junho de 2016

A divisa britânica registou também o valor mais baixo em dois anos em relação ao euro.

Os investidores apostam nas obrigações, no ouro e no iene e estimam que o Banco de Inglaterra vai cortar em breve as taxas de juro.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Relatório revela que mercado alemão continua a ser o que enfrenta mais dificuldades na Europa

Imposto sobre as sucessões na Europa: como variam as regras, as taxas e as receitas?

Como é que o ataque do Irão a Israel poderá ter impacto nas mercadorias?