Brexit: O início do processo de divórcio da UE e do Reino Unido

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A União Europeia teve a primeira cimeira informal a 27.

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A União Europeia teve a primeira cimeira informal a 27.
Os líderes europeus encontraram-se pela primeira vez para debater as consequências do Brexit. O primeiro-ministro britânico disse adeus aos parceiros na terça-feira à noite. E depois de David Cameron ter saído de Bruxelas para o Reino Unido, a primeira-ministra escocesa fez exatamente o caminho inverso. Nicola Sturgeon veio lembrar o voto pró-europeu que os escoceses deram no referendo britânico.

“Estamos numa fase muito inicial deste processo. Deixei muito claro o desejo da Escócia de proteger a relação com a União Europeia. Não substimo os desafios que vamos ter de enfrentar para encontrar um caminho. Este foi um encontro iniciar, de uma série de encontros aqui em Bruxelas, para que as pessoas percebam que a Escócia, ao contrário de outras partes do Reino Unido, não quer sair da União Europeia”, garantiu Nicola Sturgeon.

Mas esta visita da primeira-ministra escocesa não deixou todos satisfeitos. O chefe do governo espanhol mostrou-se muito crítico. Recorde-se que Espanha está confrontada com os desejos independentistas da Catalunha. Mariano Rajoy quer evitar o contágio. “Se o Reino Unido sai, a Escócia também sai das instituições da União Europeia”, sublinhou Rajoy.

Esta Cimeira, primeiro a 28, depois a 27, despertou grande atenção mediática. Cerca de 1300 jornalistas cobriram e analisaram esta nova etapa da União Europeia. A correspondente da euronews, Efi Koutsokosta lembra que “há muitos meses que não se juntavam aqui nesta sala em Bruxelas tantos jornalistas de toda a Europa. No verão do ano passado a ameaça era a do “Grexit”, mas desta vez é a realidade do “Brexit” que os traz aqui outra vez. Vamos ouvir o que têm para dizer.

“Na minha opinião, depois do Brexit parece os líderes europeus ficaram com uma porta aberta para outro mundo”, afirma Maria Psara, jornalista grega do jornal “Ethnos”.

Rik Winkel é um jornalista holandês e acredita que os responsáveis europeus não estão a ter noção do grande desafio que têm pela frente. “O que estão a fazer os países da União Europeia que normalmente têm uma boa margem para negociar? Estão a discutir entre eles que vai liderar as negociações: será a Comissão, será o Conselho, será a Comissão controlada pelo Conselho…desta forma enfraquecem a posição perante os britânicos”, defende o jornalista do ‘Het Financeele Dagblad’ de Amesterdão.

Os jornalistas britânicos estão agora mais preocupados com a crise política interna. Bruno Waterfield trabalha para o “The Times” e acredita que “as pessoas estão muito mais preocupadas com o que está a acontecer dentro do país, com o caos político. Ninguém está muito preocupado com o que se está a dizer em Bruxelas, há grandes questões a ser resolvidas no Reino Unido”.

Para os adeptos de futebol, esta quinta-feira começam os quartos de final do Euro 2016 com a partida Polónia- Portugal. E para aqueles que não se interessam por futebol, arranca também uma visita de dois dias da Comissão Europeia a Bratislava uma vez que a um de julho, a Eslováquia assume a presidência rotativa da União Europeia.

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