Reino Unido: está lançada a corrida pela sucessão a David Cameron

Reino Unido: está lançada a corrida pela sucessão a David Cameron
De  Luis Guita
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Quem vai abrir a porta do número 10 de Downing Street?

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Quem vai abrir a porta do número 10 de Downing Street? A corrida para suceder ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, começou com o terremoto de 23 de Junho.

As surpresas do Brexit continuam; entre os candidatos conservadores estão a ministra do Interior, Theresa May, e o ministro da Justiça, Michael Gove.

Entretanto, para grande espanto, o favorito de longa data, Boris Johnson atirou a toalha ao chão. Figura de proa da campanha pelo Brexit, era apontado como candidato à sucessão de Cameron, desde que em fevereiro manifestou o apoio à saída da UE.

Michael Gouve é outra surpresa. Ainda no sábado telefonou a Boris Johnson para lhe garantir o apoio. O antigo jornalista – tal como Johnson – e atualmente ministro da Justiça, é considerado o cérebro da campanha da “saída”, ao serviço da qual colocou todo o seu poder de oratória.

“Os líderes europeus colocaram ideologia à frente da segurança. Eles seguiram projetos como a moeda única e a zona Schengen, sem fronteiras, que enfraqueceram a resiliência do nosso continente,” considera Michael Gove.

Atualmente, Theresa May, ministra do Interior de David Cameron desde 2010, é a favorita. Claramente posicionada na ala direita do partido conservador e notoriamente eurocética, May, por lealdade ou calculismo, esteve do lado de Cameron pela permanência na União Europeia; mas não fez campanha.

“Ela fez um jogo que alguns pensam ser de grande inteligência. Fez uma campanha muito discreta pela permanência. Tão discreta que para muitos quase passou desapercebida. Acho que ela ficou numa posição tão pouco clara que agora há pessoas em ambos os lados que estão irritadas com ela e que não querem votar nela,” afirma o Professor de Política Europeia e Negócios Estrangeiros, no Kings College, Londres, Anand Menon.

De origem humilde, educada na escola pública, Theresa May tem um discurso que fala à classe média conservadora. May disse: “em Westminster não sabem as provas que o povo tem de enfrentar”, “o governo deve ser de todos e não apenas de alguns privilegiados.”

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