Ataque no Bangladesh: Grávida de 5 meses e um pai de gémeos entre os 20 mortos

Ataque no Bangladesh: Grávida de 5 meses e um pai de gémeos entre os 20 mortos
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De  Francisco Marques com REUTERS, ANSA
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Simona Monti, tinha 33 anos, estava grávida de cinco meses e tinha viagem marcada para a Itália na próxima semana.

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Simona Monti, tinha 33 anos, estava grávida de cinco meses e tinha viagem marcada para a Itália na próxima semana. Cristian Rossi deixa viúva e dois gémeos de 3 anos órfãos. Ambos estavam no Bangladesh em trabalho e fazem parte do grupo de nove italianos mortos por um grupo armado que na sexta-feira à noite invadiu um restaurante de Daca, a capital do Bangladesh, e fez mais de 20 mortos.

Attentato #Dacca: la vittima Simona Monti era incinta. Voleva vivere la gravidanza in Italia, stava per tornare. pic.twitter.com/YsIPCOFWiY

— MC79 (@Virus1979C) 2 de julho de 2016

O estabelecimento situa-se numa zona de instituições diplomáticas e na altura do ataque (20 horas locais) estariam no interior mais de 30 estrangeiros. Os terroristas, que terão atuado em nome do grupo autoproclamado Estado Islâmico ou “Daesh”, mantiveram o restaurante sob controlo por mais de 10 horas. Até que uma operação das forças especiais do exército do Bangladesh invadiu o local e pôs cobro ao ataque.

Os outros 7 italianos mortos no restaurante

  • Marco Tondat tinha 39 anos, estava há um ano no Bangladesh, era supervisor de uma empresa têxtil;
  • Claudia Maria D’Antona, de idade desconhecida, vivia há 20 anos em Daca;
  • Nadia Benedetti tinha 52 anos, era gerente e tinha a paixão do canto;
  • Maria Rivoli tinha 33 anos e uma filha com 3 anos;
  • Adele Puglisi, de 54 anos, tinha viagem para Itália prevista para o dia seguinte;
  • Vincenzo D’Allestro tinha 46 anos, era casado e trabalhava na indústria têxtil;
  • Claudio Cappelli produzia camisas há 5 anos no Bangladesh.

Pelo menos 28 pessoas morreram, entre elas 20 reféns, dois polícias e seis dos sete supostos atacantes. Para além dos italianos, entre os mortos figuram também sete japoneses, dois bangladeshianos, um norte-americano e um indiano. Treze pessoas foram resgatadas com vida e relataram o horror vivido. Os terroristas terão torturado alguns dos reféns que não conseguiram recitar partes do Corão.

9 Italians, 7 Japanese, 2 Bangladeshis, a U.S. citizen, an Indian killed in Dhaka attack https://t.co/lcoF4gd7Sopic.twitter.com/IcNDSoRHK2

— China Xinhua News (@XHNews) 3 de julho de 2016

Estes são os nove italianos que figuram entre as mais de vinte vítimas mortais do ataque de sexta-feira à noite a um restaurante na capital do Bangladesh, por um grupo de homens armados que terá agido em nome dos jihadistas do Daesh.

O caso levou o Presidente de Itália a interromper uma visita oficial à América Latina. Antes de embarcar no México, de regresso a Roma, Sergio Mattarella afirmou que “toda a Itália está a sofrer com as famílias das vítimas, com uma grande solidariedade”. “O terrorismo, com toda a sua barbárie, representa hoje o principal perigo para o mundo. Eu peço um empenho comum, de todos”, disse ainda Mattarella.

#Mattarella interrompe il viaggio in America Latina e torna in #Italia per partecipare al lutto della Nazione pic.twitter.com/EIRUYFPqQc

— Quirinale Uff Stampa (@Quirinale) 2 de julho de 2016

Na capital italiana, a fachada do Palácio dos senadores, a sede da Comuna de Roma, foi iluminada com as cores do esplendor italiano. As bandeiras foram colocadas a meia haste.

O primeiro-ministro do Japão também expressou a dor pelo ataque no Bangladesh. “Sinto uma raiva profunda por tantos inocentes terem perdido a vida devido ao cruel e nefasto terrorismo. Condeno este ataque profundamente. É um desafio contra os valores universais partilhados pela comunidade internacional”, afirmou Shinzo Abe.

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