Cimeira de Varsóvia: NATO e Rússia apostadas em promover o comércio de armas?

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De  Nelson Pereira
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Na cimeira de Varsóvia, a NATO decidiu aumentar a sua presença militar no flanco nordeste, em reação à anexação da Crimeia e à intervenção russa no Leste da…

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Na cimeira de Varsóvia, a NATO decidiu aumentar a sua presença militar no flanco nordeste, em reação à anexação da Crimeia e à intervenção russa no Leste da Ucrânia. A Rússia prepara uma resposta militar, diz Dmitri Trenin, diretor do Carnegie Moscow Center:

“Em resposta à a formação de quatro batalhões multinacionais rotativos com cerca de 4.000 efetivos na Polónia e Estados bálticos, a Rússia vai deslocar tropas para os seus territórios ocidentais. O que testemunhamos – infelizmente é uma realidade – é a restauração do impasse político-militar na Europa depois de duas décadas e meia de ausência deste impasse.”

E há mais na calha: na cimeira falou-se também de planos da NATO para reforçar a segurança do flanco sudeste. E no Mar Negro, segundo Jamie Shea, da Divisão de desafios emergentes da NATO:

“A Roménia propôs na cimeira construir um centro de treino que também pode ajudar-nos a instalar rapidamente na Roménia, se for necessário, uma brigada de reforço. A Roménia ativou recentemente um radar de defesa antimísseis. Vamos igualmente analisar o que é preciso fazer para reforçar a nossa presença marítima no Mar Negro.”

Não parece existir na NATO nem a Rússia disponibilidade para parar unilateralmente a competição pela superioridade militar no leste da Europa. O que é certo é que uma corrida ao armamento traz benefícios evidentes ao comércio de armas.

Ao mesmo tempo que aprova o reforço da defesa coletiva face à Rússia, a NATO mantém um canal de comunicação para prevenir incidentes. A representação russa junto da NATO já disse que a próxima reunião bilateral do Conselho NATO-Rússia no dia 13 de julho deveria discutir as decisões da cimeira de Varsóvia que Moscovo considera um regresso à guerra fria.

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