Santiago Segurola: "Um Euro2016 mediano com demasiadas equipas"

Santiago Segurola: "Um Euro2016 mediano com demasiadas equipas"
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Vamos falar com o jornalista espanhol Santiago Segurola, do jornal desportivo “As”, para analisar o resultado do euro2016 de futebol.

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Vamos falar com o jornalista espanhol Santiago Segurola, do jornal desportivo “As”, para analisar o resultado do euro2016 de futebol.Portugal é o vencedor do campeonato europeu, qual é a sua opinião sobre a final?

Santiago Segurola:
Penso que foi uma final discreta, mediatizada pela ferida de Ronaldo. Foi surpreendente pois a França era a favorita, mas é uma vitória que honra o pequeno grande país do futebol. Portugal arrasou há 50 anos com uma geração fantástica de jogadores como Eusébio, Coluna e Simões, no campeonato do mundo na Inglaterra, onde conseguiram alcançar as semi-finais. Desde então que não tinham conseguido erguer outro troféu. Conseguiram fazê-lo agora com uma equipa com menos qualidade do que aquela de 1966 ou de 2000 com Figo. De qualquer forma é uma vitória merecida, pois sem qualquer dúvida, a grande favorita era a França.

euronews:
Pensa que neste Euro foi mais importante o desempenho de certos jogadores do que o da equipa como coletivo?

SS:
Foi um Euro que está na média, com demasiadas equipas, na minha opinião. Foi uma festa para países pequenos como a Islândia, ou territórios como Gales ou a Irlanda do Norte. Eles tiveram a oportunidade de participar numa competição pela primeira vez. Penso que o calendário foi excessivo, os jogadores estavam exaustos. Foi uma competição com mais detalhes do que o jogo coletivo.

euronews:
Jogadores excelentes mas equipas nacionais que nos surpreenderam.

SS:
Pequenas equipas. Algo positivo pois para elas é extremamente difícil. Têm poucos habitantes, poucos jogadores profissionais. E são mais do que benvindos a este tipo de eventos. A Islândia jogou mais como uma equipa. O país de Gales tem dois jogadores excecionais: Gareth Bale e Aron Ramsey, cuja ausência na semi-final contra Portugal teve um grande impacto na equipa.

euronews:
E sobre a desapontadora passagem de Espanha. O que lhe pareceu?

SS:
Espanha é uma equipa com bons jogadores, que jogam em grandes equipas. Mas eles já não têm a mesma pujança de 2008 e 2012. A transição vai ser complicada. Portugal conseguiu fazê-la. Têm jovens jogadores que se adaptaram muito bem à equipa, o que não é o caso de Espanha.

euronews:
E qual é a sua opinião sobre o mundo do futebol a partir de agora? E em especial com o Mundial dentro de dois anos?

SS:
Sobre o Mundial, a Alemanha é a minha favorita. Tem estilo. Faltou-lhe um pouco mais de energia na linha da frente mas penso que a equipa alemã é hoje líder no mundo do futebol.

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