Turquia: Estado de emergência de 3 a 6 meses inquieta UE

Turquia: Estado de emergência de 3 a 6 meses inquieta UE
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A União Europeia exprimiu esta quinta-feira a sua inquietação face ao estado de emergência declarado na Turquia, após o golpe militar falhado da semana passada.

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A União Europeia exprimiu esta quinta-feira a sua inquietação face ao estado de emergência declarado na Turquia, após o golpe militar falhado da semana passada.

As restrições sobre a liberdade de manifestação e de circulação, implicam igualmente a suspensão da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, quando Ancara já deteve mais de 14.400 pessoas após o golpe, entre militares e juízes.

O presidente turco Tayyp Erdogan, que não exclui a possibilidade de uma nova tentativa de golpe, admitiu que as restrições poderão ser prolongadas até ao final do ano.

“Como sabem, a França declarou um estado de emergência, inicialmente por três meses, e mais tarde prolongado por mais três meses. Não há qualquer obstáculo que nos impeça de prolongar esta medida por um segundo período de três meses”, afirmou Erdogan, entrevistado pela agência Reuters.

Num comunicado, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, voltou a apelar a Ancara a respeitar o estado de direito, e em especial, “o direito a um processo justo nos tribunais”.

A responsável afirmou igualmente, estar a acompanhar os acontecimentos, “de perto e com inquietação”.

#Turkey - EU calls authorities to respect rule of law, human rigths and fundamental freedoms under any circumstances https://t.co/2tqMJlXFAn

— Federica Mogherini (@FedericaMog) July 21, 2016

Na entrevista concedida à Reuters, o presidente turco garantiu que irá respeitar as regras democráticas, afirmando que o movimento Gullen, acusado de ter orquestrado o golpe, será tratado, “como uma nova organização terrorista”, “à semelhança do PKK (separatistas curdos)”.

Segundo a agência France Presse, mais de 60 mil pessoas terão sido detidas ou demitidas desde o golpe militar, do exército à justiça, passando pelos media e mesmo pela educação pública.

Apesar da entrada em vigor do estado de emergência, milhares desceram às ruas de Istambul, esta quinta-feira, convocados por Erdogan, para manifestar-se contra o golpe e os golpistas de 15 de Julho – uma jornada declarada por Erdogan como “dia dos mártires da independência”.

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