Alemanha: Governo pede serenidade e confiança nas autoridades depois dos ataques

Alemanha: Governo pede serenidade e confiança nas autoridades depois dos ataques
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De  Antonio Oliveira E Silva com DPA, REUTERS
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Thomas de Mazière, o ministro alemão do Interior, pediu serenidade à população enquanto continuam as investigações depois dos ataques nos estados da Baviera e de Baden-Württemberg

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A Alemanha vai intensificar as medidas e os dispositivos de segurança em todo o território, especialmente no que a pontos estratégicos diz respeito, como aeroportos, estações de comboios e fronteiras.

A medida foi anunciada esta segunda-feira pelo ministro alemão do Interior (Administração Interna), Thomas de Mazière, durante uma conferência de imprensa para abordar os diferentes ataques que tiveram lugar nos estados da Baviera e de Baden-Württemberg, dos quais resultaram pelo menos 12 mortos, entre os quais dois dos atacantes, e dezenas de feridos, em cidades como Stuttgart e Munique.

O ministro do Interior anunciou também que as autoridades incrementarão o número de operações de revista ocasionais especialmente perto das fronteiras, operações que poderão ter lugar a qualquer momento e sem aviso prévio.

Bundespolizei verstärkt Präsenz an Flughäfen und Bahnhöfen. Gleichzeitig fordert der Innenminister “Besonnenheit”. https://t.co/8P8UqbNxHu

— tagesschau (@tagesschau) July 25, 2016

“Parece-me particularmente importante aumentar a presença da polícia no espaço público” disse de Mazière.

“Por isso, pedi à polícia federal que aumente a presença em aeroportos e estações de serviço e que fizesse operações de revista perto das fronteiras, que não dão demasiado nas vistas, mas que são muito eficazes.”

O ministro federal do Interior pediu ainda calma às populações das regiões afetadas e disse que era importante manter a confiança no trabalho das autoridades:

“Basta que aconteça um caso destes para que seja demasiado. Entendo a ansiedade e preocupação das pessoas. Mas posso assegurar que, na Alemanha, o Estado de Direito é forte, seja a nível federal, seja a nível dos estados, a nível regional. As autoridades encontram-se bem preparadas. Continuarão a fazer o que for necessário para assegurar-se de que estes acidentes não voltam a acontecer.”

O ministro pediu ainda à população que evitasse estigmatizar os refugiados.

A polícia alemã disse, entretanto, que nem o ataque de domingo, em Reutlingen, nem o tiroteio de Munique, de sexta-feira, parecem ter qualquer ligação com as redes jihadistas internacional, em particular com o autoproclamado Estado Islâmico (EI) ou Daesh, pela sigla em língua árabe. Mas as autoridades bávaras anunciaram que foi encontrado, no telefone do bombista suicida de Ansbach, um vídeo durante o qual o atacante juraria fidelidade aos islamistas do Daesh.

#BREAKING: Suicide bomber who hit German festival pledged to commit terrorist attack in smartphone video (clarifies previous tweet)

— dpa international (@dpa_intl) July 25, 2016

As autoridades alemãs tinham recusado ao atacante de Ansbach deste domingo o Estatuto de refugiado. O jovem terá detonado uma bomba à porta de um restaurante. Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas e cerca de duas mil tiveram de abandonar um festival que tinha lugar durante o momento da explosão.

Também no domingo, um jovem refugiado sírio, de 21 anos, foi detido depois de matar uma mulher grávida com um machado na cidade de Reutlingen, perto de Stuttgart, no estado de Baden-Württemberg.

Sexta-feira, um jovem germano-iraniano abriu fogo sobre uma série de pessoas, a maioria dos quais jovens, na cidade de Munique, deixando nove vítimas. As autoridades dizem que o atacante não teria qualquer relação com grupos jihadistas e que viveria obcecado com tiroteios em massa.

Na semana passada, um jovem de 17 anos, que se encontrava sem a família na Alemanha enquanto aguardava a decisão das autoridades acerca do seu pedido de asilo, foi abatido pela polícia depois de atacar e ferir com armas brancas pelo menos três pessoas perto de Wuerzburg, na Baviera. A imprensa referiu-se, durante as primeiras horas, ao atacante como sendo afegão, mas as autoridades alemãs dizem agora que este poderia ser originário do Paquistão.

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