Nicolás Maduro apontou o general Néstor Luís Reverol Torres para ministro do Interior, esta terça-feira.
Nicolás Maduro apontou o general Néstor Luís Reverol Torres para ministro do Interior, esta terça-feira.
A nomeação surge no mesmo dia em que os Estados Unidos acusaram Néstor Reverol e outro ex-dirigente do Escritório Nacional Antidrogas (ONA) da Venezuela de ligações ao tráfico de drogas, entre 2008 e 2010, altura em que estariam em funções.
O Presidente da Venezuela justifica a decisão defendendo que o general Torres vai fortalecer um programa governamental de combate à criminalidade.
Torres não foi a única alteração de Maduro
no Executivo, depois da vitória da oposição em mais uma etapa para o referendo que poderá levar à sua destituição.
“Se a oposição obtiver legalmente as assinaturas, no próximo ano iremos a eleições e estou seguro que o povo venezuelano nos daria uma vitória, nos daria uma vitória pela paz. Estou confiante que em fevereiro, março ou abril do próximo ano ganharíamos o referendo”, referiu o Presidente da Venezuela.
Esta segunda-feira, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela validou perto de 400 mil assinaturas. Quase o dobro das assinaturas necessárias para passar à próxima etapa do referendo para a destituição de Maduro da Presidência.
A aliança da oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD) já solicitou formalmente novas datas para a próxima fase: a recolha de 4 milhões de assinaturas em 3 dias.
A oposição pede que o referendo seja realizado ainda este ano e acusa o CNE de atrasar a calendarização das diferentes etapas do processo.
Se o referendo for convocado depois de 10 de janeiro de 2017, será o vice-presidente da Venezuela a assumir as rédeas do país até 2019.