As ministras dos Negócios Estrangeiros da Venezuela e da Colômbia reuniram à porta fechada para encontrar um acordo sobre uma forma “paulatina” de abertura da fronteira entre os dois países, depois de
As ministras dos Negócios Estrangeiros da Venezuela e da Colômbia reuniram à porta fechada para encontrar um acordo sobre uma forma “paulatina” de abertura da fronteira entre os dois países, depois de longos meses de tensão após a decisão unilateral da Venezuela de encerramento e interdição de passagem.
A fronteira de mais de dois mil quilómetros entre a Venezuela e a Colômbia foi fechada no ano passado por Nicolas Maduro depois de 3 soldados morrerem num confronto entre traficantes e tropas. Fechada desde 19 de Agosto de 2015 entre Norte de Santander e Tachira, passagem principal entre ambos os países, a medida foi estendida ao resto da zona limítrofe para, segundo Maduro, combater paramilitarismo e contrabando.
It's now a criminal act to leave #Venezuela borders to get groceries. #socialismhttps://t.co/079SqO2jpQ
— Learn Liberty (@LearnLiberty) August 4, 2016
O fecho continuou enquanto as autoridades venezuelanas deportavam cercad e 1600 colombianos, segundo a ONU, com o governo venezuelano a alegar desmantelamento de redes de contrabando. Outros 19 mil terão abandonado o país por decisão própria, segundo a Agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
“Acordámos acções preliminares que podem criar um ambiente para a abertura da fronteira de um ponto de vista progressivo, gradual. Temos estado a ver, inclusivamente, as causas, desde a origem, dos problemas que se puseram na fronteira.”, declarou Delcy Rodriguez, ministra venezuelana.
A decisão de normalizar a reabertura, depois do estabelecimento das condições das relações entre ambos os países é tarefa para os chefes de Estado, em data e local a anunciar pelas responsáveis das relações exteriores. Estas informaram também sobre a intenção de se criar uma “cédula fronteiriça” para os habitantes venezuelanos e colombianos dos territórios limítrofes. esta cédula, ainda sem data de implementação, conterá “a informação fundamental das actividades que se desenvolvem na fronteira e obviamente vai estar submetido a controlos rigorosos para que os cidadãos tenham acesso não apenas à sua cédula fronteiriça mas para que possam também criar direitos e deveres”, adiantou a ministra venezuelana.
A proposta de criação de postos de gasolina venezuelanos em território colombiano foi também aceite, o que pode contribuir para a diminuição do contrabando de combustível que se verifica.
Uma outra reunião para abordar a criminalidade na zona, ponto crucial para a abertura, será o próximo passo, em data ainda a anunciar.
A fronteira foi aberta esporadicamente por curtos períodos anteriormente, como agora na zona de Tachira, o que permite aos venezuelanos, a braços com um país em profunda crise económica, comprar medicamentos, comida e bens essenciais.
The Economic Collapse In #Venezuela Is So Bad That People Are Slaughtering & Eating Zoo Animals https://t.co/mzUoRxluaW via
realalexjones</a></p>— Hardened Structures (
HardStructures) August 5, 2016
Jornalistas locais reportam que cerca de 15 mil venezuelanos terão passado a fronteira desde que abriu, no domingo e apenas em Tachira, estando de novo oficialmente encerrada.
As ministras responsáveis pelas relações externas, e que encabe4am as delegações de alto nível para o restabelecimento da abertura fronteiriça, não reuniam formalmente sobre o assunto desde setembro de 2015.