Na memória da população do Zimbabué ainda está fresca a hiperinflação que arrasou o país em 2008-2009. Ativistas queimaram algumas das notas da altura, esta quarta-feira, em Harare, para protestar con
Na memória da população do Zimbabué ainda está fresca a hiperinflação que arrasou o país em 2008-2009. Ativistas queimaram algumas das notas da altura, esta quarta-feira, em Harare, para protestar contra o projeto governamental de introduzir as chamadas notas de obrigação.
Trata-se de uma divisa de substituição em paridade com o dólar americano, que tem sido o mais usado desde essa altura, mas que se tornou escasso.
O ativista Stan Zvorwadza disse que “estamos a fazer uma espécie de bola de neve até que chegue o momento de um grande protesto. Quando chegarmos a esse momento, o governo vai perceber que tem de aceitar negociações ou então afastar-se, para que uma autoridade nacional de transição possa gerir a situação até novas eleições”.
Protestos contra o governo são organizados quase semanalmente, há vários meses, com a polícia a recorrer muitas vezes a canhões de água e gás lacrimogénio para dispersar os manifestantes.
O Presidente Robert Mugabe, de 90 anos de idade e no poder há 36, promete manter mão-de-ferro e já avisou que vai candidatar-se às próximas eleições, marcadas para 2018.