"Tudo pela França": Nicolas Sarkozy determinado a voltar

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De  Maria Barradas
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Ninguém em França tinha dúvidas das intenções de Nicolas Sarkozy e ele mesmo admitiu que pensa na questão quando faz a barba todas as manhãs… O ex-presidente apresentou oficialmente a sua candidaturas

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Ninguém em França tinha dúvidas das intenções de Nicolas Sarkozy e ele mesmo admitiu que pensa na questão quando faz a barba todas as manhãs… O ex-presidente apresentou oficialmente a sua candidaturas às primárias do partido para a presidência francesa de 2017.
Fê-lo através de um livro intitulado “Tudo pela França”, onde traça as linhas do seu novo programa eleitoral.

Após um primeiro mandato de resultados mitigados, Sarkozy volta a candidatar-se em 2012, como manda a tradição e com a convocção de que pode ganhar… Mas, os ventos tinham mudado e, a 6 de maio, foi batido por François Hollande.

No seio do partido, na altura ainda sob o nome de UMP, a frustração é enorme tanto mais que o líder incontestado tinha afirmado poucos dias antes, numa entrevista:

- “Se o senhor perder esta eleição deixa a política? – “Sim” – Deixa a política? Se perder no dia 6 de maio? No dia 7 abandona a política? – Pode colocar-me a questão uma terceira vez, e digo-lhe sempre “Sim”.

A mesma segurança de sempre, para alguém que pode mudar de caminho a qualquer momento se as circunstâncias e, particularmente os seus interesses, o exigirem. A saída do palácio do Eliseu leva-o a uma breve travessia no deserto, um terreno no qual tem experiência…

Quando em 1995 decidiu apoiar Balladur contra Jacques Chirac contou com a oposição de todo o partido. Uma escolha que pagou caro. Mais tarde, em 1999, quando perdeu as eleições europeias também se viu sozinho.

De cada vez que cai, Sarkozy levanta-se com mais força. Em 2014 reassume a liderança do partido e muda-lhe o nome para “Os Republicanos”. Mas, o clã está mais desunido do que nunca. As candidaturas às primárias de novembro são já 13. É para ele o momento de se reposicionar em cavaleiro solitário, o papel que melhor domina e partir ao ataque.

“É preciso perceber que estamos em guerra. Os nossos inimigos não têm tabus, não têm fronteiras, nem pricípios. Por isso, vou utilizar palavras fortes. Serão eles ou nós. E isto é uma questão de determinação”, dizia a propósito dos atentados em França.

E determinação é o que não lhe falta. Se ganhar as primárias, Nicolas Sarkozy está convencido que o seu duelo será contra Marine Le Pen… por isso, é no terreno do populismo que tenta caçar os votos.

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