Turquia acusa as milícias curdas de "limpeza étnica" no norte da Síria.

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De  Antonio Oliveira E Silva com Ricardo Figueira, Leslie Alexander e Reuters
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A Turquia acusa as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG) de tentativa de limpeza étnica no norte da Síria, depois do início da operação _Escudo do Eufrates_.

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Com Ricardo Figueira, Leslie Alexander e Reuters

O norte da Síria vive momentos de tensão militar nas regiões de Manbij e Jarablus.

A Turquia acusa os militantes curdos sírios das Unidades de Proteção Popular ou YPG (Yekîneyên Parastina Gel em língua curda) de reforçar a sua presença nas localidades.

Ancara acusa mesmo os milicianos, próximos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, (PKK, Turquia) de quererem repovoar Jarablus e Manjib.

A Turquia falou mesmo em limpeza étnica esta segunda-feira.

Citadas pela agência Reuters, fontes na região falam no aumento da presença de milicianos curdos do YPG, assim como de armamento.

O YPG rejeita, no entanto, as acusações e assegura ter-se retirado da região, tal como exigido pela Turquia e pelos Estados Unidos. Acusa a Turquia de querer prolongar a ocupação militar.

As localidades de Manbij e Jarablus, situadas na margem ocidental do rio Eufrates, foram recentemente tomadas pela Aliança das Forças Democráticas Sírias aos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico (EI) ou Daesh (pela sigla em língua árabe), durante uma ofensiva que contou com a presença de milicianos do YPG, numa operação apoiada pelos Estados Unidos.

Operação Escudo do Eufrates

A operação Escudo do Eufrates, levada a cabo pelo exército turco, para além de expulsar os jihadistas do Daesh do norte da Síria, pretende também evitar que os curdos tomem o poder na região.

Ancara teme que a presença das milícias curdas próximas da fronteira possam favorecer as atividades dos militantes curdos em território nacional.

Os Estados Unidos já pediram à Turquia e aos milicianos do YPG que recordem o objetivo comum: a expulsão do Daesh da região e de território sírio.

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