Oposição venezuelana junta um milhão de pessoas em Caracas

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De  Ricardo Figueira
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Opositores exigem um referendo ainda este ano.

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Com Eduardo Salazar (em Caracas) e AFP

As manifestações contra Nicolás Maduro degeneraram em confrontos com a polícia venezuelana e culminaram em 60 detenções.

Caracas foi palco de manifestações de sinal contrário, a favor e contra o presidente. A marcha da oposição ocupou várias ruas da capital venezuelana e juntou, segundo os organizadores, cerca de um milhão de pessoas. Aumenta a pressão sobre a comissão eleitoral para que o referendo à continuidade de Maduro seja organizado ainda este ano. Se só acontecer depois de 17 de janeiro e em caso de derrota de Maduro, em vez de haver novas eleições, é o vice-presidente Aristóbulo Istúriz que acede ao poder.

“Estamos a lutar contra a escassez e a fome que temos neste país. A insegurança. Temos um governo ladrão, sequestrador, narcotraficante. Queremos que ele saia do país. É o que querem os venezuelanos. Queremos um país livre. Viva a Venezuela”, diz um dos manifestantes.

“Face à violência, que é o único que lhes resta, opomos a decisão do povo soberano. O que veem aqui não é outra coisa senão a mobilização da cidadania democrática. É um povo que não pode ser reduzido nem pelo medo, nem pela fome”, diz Jesús “Chuo” Torrealba, da Mesa de Unidade Democrática (MUD), principal força da oposição.

Para que lo entienda el mundo y NM Venezuela salió a la Calle hoy #1S decidido y esperando el #ReferendoRevocatoriopic.twitter.com/bUMjJH4ql3

— Oscar A. Gonzalez F (@gonzalezfoscar) September 1, 2016

Lilián Tintori é a mulher de Leopoldo López, um dos principais opositores, atualmente na cadeia: “Hoje, dizemos ao mundo que os venezuelanos querem mudança. 94% dos venezuelanos querem uma mudança de governo e vamos conseguir”.

A vitória da oposição nas últimas eleições legislativas, que colocou os chavistas em minoria no parlamento, deu uma nova força aos opositores, que exigem a marcação de um referendo contra Nicolás Maduro.

“A marcha desta quinta-feira foi considerada uma mobilização histórica por parte dos dirigentes da oposição venezuelana, que anunciaram para o dia 7 de setembro uma marcha até à sede do Conselho Nacional Eleitoral, para que este órgão determine de uma vez por todas a data do referendo revogatório do presidente da República, Nicolás Maduro”, conclui o correspondente da euronews em Caracas, Eduardo Salazar.

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