A política migratória de Angela Merkel é submetida este domingo a um teste eleitoral, a um ano das legislativas, no pequeno estado do Mecklenburgo-Pomerânia…
A política migratória de Angela Merkel é submetida este domingo a um teste eleitoral, a um ano das legislativas, no pequeno estado do Mecklenburgo-Pomerânia Ocidental.
Segundo as sondagens, o discurso xenófobo do partido populista AFD (Alternativa para a Alemanha) poderia levar a formação a ultrapassar pela primeira vez a CDU, o partido da Chanceler, no sufrágio local.
O candidato da AFD, Leif-Erik Holm, não disfarça o otimismo:
“Espero que nos tornemos no partido mais forte. Vemos cada vez mais gente, famílias, empresas que dizem, sim vamos votar na AFD. Estamos à espera de um resultado a rondar os 20% e talvez sejamos o partido mais votado”.
As sondagens apontam para uma vitória do partido de centro-esquerda SPD, quando os populistas, que centraram a campanha na questão dos refugiados, poderiam tornar-se a segunda formação no estado do leste da Alemanha.
Para o atual líder do Mecklenburgo-Pomerânia Ocidental, Erwin Sellering, do SPD:
“Eu sempre disse que não há que disperdiçar votos, pois esses votos só beneficiam aqueles que se recusam a trabalhar connosco para apenas propagarem a frustração e o protesto. Ninguém deveria dar-lhes o seu voto”.
Tanto o SPD, como a CDU, registam uma quebra de votos relativamente às eleições de 2011.
Um cenário que contrasta com o aumento da popularidade dos populistas da AFD e da extrema-direita do partido NPD, que poderiam reunir um quarto dos votos.
A AFD, formação eurocética que abraçou o discurso xenófobo nos últimos dois anos, tinha já alcançado o lugar de segunda força política na Saxónia-Anhalt (à frente do SPD) durante as eleições regionais de março.
Segundo uma sondagem publicada este sábado na Alemanha (TNS Emnid), o partido AFD poderia ficar em terceiro lugar nas legislativas do próximo ano com 12% dos votos, por detrás de SPD (23%) e CDU (34%).