17 mortos, dos quais 14 civis e 3 polícias.
17 mortos, dos quais 14 civis e 3 polícias.
Foi este o resultado do confronto entre a polícia da República Democrática do Congo (RDC) e manifestantes anti governo em Kinshasa, a capital, segunda feira de manhã.
O protesto, que juntou milhares de pessoas, tinha como alvo o Presidente Joseph Kabila, numa altura de crescente pressão local e internacional para que Kabila se afaste do poder quando o seu mandato presidencial acabar legalmente, em dezembro próximo.
“Estamos a protestar porque detestamos aquilo que se passa no nosso país. O presidente Kabila não quer libertar o país e não quer organizar eleições. É por isso que hoje somos forçados a protestar para mostrar a nossa discordância quanto às eleições. Se Kabila não respeita a constituição, iremos fazê-la cumprir.”, declarava um manifestante em Kinshasa.
A oposição acusa o Presidente de querer estender o mandato ao adiar as eleições previstas para novembro próximo até, pelo menos, ao ano que vem.
Grupos de defesa de direitos humanos relataram a prisão de manifestantes e jornalistas na capital, bem como em Goma e Kisangani, onde também houve protestos.
Dezenas de pessoas morreram em protestos similares contra Kabila no ano passado.
O país da África Central – vasto e rico em minério – nunca experienciou uma transição pacífica de poder.
Milhões de pessoas morreram em guerras regionais na RDC entre 1996 e 2003.