O novo balanço de mortos, do naufrágio de um barco de pesca, carregado de refugiados, que partiu do Egito, é agora de mais de 130.
O novo balanço de mortos, do naufrágio de um barco de pesca, carregado de refugiados, que partiu do Egito, é agora de mais de 130. Mas as buscas continuam já que, segundo os sobreviventes, havia entre 400 e 500 pessoas a bordo, o que significa que a tragédia pode ser muito maior.
Num dos hospitais continuavam internados sete feridos, com ferimentos ligeiros ou traumas psicológicos. Estiveram seis horas nas águas do Mediterrâneo, à espera de serem resgatados:
“Encontrei uma criança a boiar na água. Prendi-a ao cinto das minhas calças. Decidi fazê-lo por medo de que o seu corpo se perdesse e nunca fosse encontrado. Era pequena e, ali perdido no mar, ela não era um fardo, por isso decidi agarrá-la até ao fim”, refere Ahmed Darweesh, um dos sobreviventes.
No hospital mas sob custódia policial. Presos às camas até as autoridades fazerem a investigação para determinar se, entre eles, há algum traficante. Isto enquanto as operações de socorro continuam depois de uma noite de horror:
“Havia entre 450 e 500 pessoas a bordo. O barco estava sobrecarregado. Começou a balançar por volta das duas horas da manhã. Uma hora depois, mais ou menos, virou-se. Quem sabia nadar conseguiu sobreviver. Os outros afundaram-se com o barco”, adianta Sameh Mohammed, outro sobrevivente.
Mais um drama, na longa história dos refugiados, que termina em tragédia. No porto, os familiares esperam notícias dos seus entes queridos:
“As famílias estão divididas entre a dor e a esperança, enquanto prosseguem as operações de resgate, que estão a ser realizadas pela Marinha egípcia e pelos pescadores locais. Os hospitais, desta vila costeira, estão em estado de alerta para acolher possíveis sobreviventes”, explica o enviado da euronews ao local, Mohammed Shaikhibrahim.