Síria: Moscovo recusa nova trégua enquanto Paris compara Alepo a Guernica

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A ofensiva do exército sírio em Alepo ocorre num momento em que a Rússia rejeita retomar a trégua no terreno.

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A ofensiva do exército sírio em Alepo ocorre num momento em que a Rússia rejeita retomar a trégua no terreno.

O responsável da diplomacia russa afirmou que um cessar-fogo não faz sentido, acusando Washington de não ter cumprido a sua parte do acordo.

O ataque norte-americano contra o exército sírio e o bombardeamento de um comboio humanitário, atribuído à aviação russa, tinham posto fim ao entendimento na segunda-feira.

“Qualquer trégua, de sete ou três dias, não teria sentido. Eu dei alguns exemplos do que se estava a passar desde o dia 12 de Setembro, quando o acordo entrou em vigor – 350 ataques da oposição próxima da Frente Al Nusra contra as tropas do governo e zonas residenciais. Queremos ver algum sinal que prove que a coligação tem alguma influência sobre aqueles que se opõem ao governo no terreno”, afirmou Serguei Lavrov.

A Rússia continua a exigir que Washington obrigue os rebeldes moderados a demarcarem-se dos grupos islamitas no terreno.

Uma exigência cada vez mais difícil de concretizar quando a oposição a Assad é alvo de intensos bombardeamentos em Alepo que poderão abrir caminho a uma ofensiva terrestre.

O compasso de espera ao nível diplomático, marcado pela troca de acusações entre Washington e Moscovo, parece beneficiar apenas o exército sírio, como sublinhou o responsável da diplomacia alemã, Frank Walter Steinmeier:

“A esperança criada pelo cessar-fogo na semana passada esvaneceu-se depois do mortífero, cínico e desprezível ataque contra funcionários de organizações humanitárias há alguns dias. A situação a que assistimos hoje não podia ser mais grave. O exército de Assad tem que pôr termo aos ataques. Moscovo tem também a responsabilidade de pôr termo a isto, e se não conseguirmos fazê-lo, então todos os esforços para encontrar uma solução política para a Síria estarão perdidos por entre uma chuva de bombas”.

O tema dominou as discussões à margem da Assembleia Geral da ONU, durante a qual o responsável da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault não hesitou em comparar a situação de Alepo a uma “Guernica do século XXI”.

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