Missão Rosetta: Crónica de um fim anunciado

Missão Rosetta: Crónica de um fim anunciado
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De  João Peseiro Monteiro
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A sonda Rosetta da Agência Espacial Europeia caiu num abismo do cometa tchouri depois de um périplo de 12 anos pelo espaço

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A missão Rosetta tem o fim anunciado para a próxima sexta-feira. O satélite da Agência Espacial Europeia (ESA) despenhou-se de forma controlada sobre o cometa 67P/CG ao fim de dois anos de missão de observação orbital.

O cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko. Foto: ESA/Rosetta/NavCam

Como a Rosetta não foi concebida para aterrar deverá ficar destruída durante a “acometagem”. A decisão de pôr termo à missão deve-se ao facto de o cometa estar a afastar-se da órbita de Júpiter o que fará com que os painéis solares deixem de receber a energia necessária para que a sonda continue a operar.

No dia 29 de setembro a Rosetta entrou em rota de colisão deliberada por volta das 20 e 50, GMT, e o impacto verificou-se no dia seguinte, a ESA estabelece uma margem de erro de 20 minutos. O satélite irá percorrer uma distância de 19 quilómetros durante este período e deverá enviar imagens do cometa com uma definição inédita porque até à data o mais próximo que esteve do 67P/CG foi 1,9 quilómetros. A fase final da aproximação foi por isso preparada com grande expectativa. Uma vez no solo a Rosetta deixa de emitir e a missão chegará ao fim.

O local estimado para o impacto. Foto: ESA/Rosetta/NavCam

A missão Rosetta

A missão foi lançada há 12 anos com o objetivo de alcançar o cometa 67P/CG e acompanhá-lo durante a sua órbita solar. A Rosetta partiu de mão-dada com a sonda Philae e a viagem até ao destino demorou dez anos. A Philae tinha como missão aterrar no cometa, o que sucedeu, mas a “acometagem” correu mal e a sonda acabou por ficar num local sombrio, pelo que as suas baterias rapidamente entraram em hibernação. Entretanto, conseguiu enviar dados inédito que só a partir deste mês vão poder ser analisados corretamente. É que a Rosetta conseguiu descobri-lo e as fotografias da sua localização são fundamentais para compreender os dados enviados pela sonda. A missão custou 1,4 mil milhões de euros, a preços de 2014.

A sonda Philae. Fotos: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team; contexto: ESA/Rosetta/NavCam

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