Colômbia: Oposição apresenta propostas para rever acordo com as FARC

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Centenas de milhares de pessoas voltaram a manifestar-se na Colômbia em favor da paz.

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Centenas de milhares de pessoas voltaram a manifestar-se na Colômbia em favor da paz.

Uma “marcha das flores” reuniu mais de 50 mil pessoas na capital, Bogotá, uma semana e meia depois do acordo entre o governo e as FARC ter sido chumbado, por uma frágil maioria de 50,2%, em referendo.

O protesto, organizado pelos partidários do SIM ocorre num momento em que prosseguem as negociações para uma possível revisão do entendimento.

La juventud y el pueblo bogotano marcan el paso en defensa de la PAZ e implementación del Acuerdo de La Habana. El país entero los sigue. pic.twitter.com/IgvC1WimF8

— Ricardo Téllez (@Ricardo_TFARC) October 13, 2016

Os partidários do NÃO, à cabeça do qual se encontra o ex-presidente Alvaro Uribe, apresentaram ontem um documento com as suas exigências, contra a imunidade parcial concedida à guerrilha e a possibilidade dos ex-combatentes acederem ao parlamento.

Para Uribe, “a vitória do NÃO, que defendemos sem hesitações, permitiu evitar que a nossa Constituição fosse substituída pelas 297 páginas acordadas entre o governo e as FARC”.

O presidente colombiano e prémio Nobel da Paz, Juan Manuel Santos afirmou ontem, num discurso televisivo, “ que a incerteza é a principal inimiga do processo”.

Governo e guerrilha decidiram para já manter o cessar-fogo bilateral em vigor desde Agosto.

Mas se o executivo afirma estar pronto a reabrir as negociações com os combatentes em Havana, a FARC rejeita qualquer modificação sobre os pontos mais contestados pelos partidários do NÃO.

Os dois campos tinham assinado no dia 26 de setembro um acordo de paz, fechando um ciclo de negociações de quase dois anos em Havana.

O entendimento, que inclui um cessar-fogo bilateral, prevê o desarmamento da guerrilha sob supervisão da ONU e uma amnistia parcial para os combatentes que, desmobilizados, deverão prosseguir a luta, no parlamento, com a criação de um novo partido político.

Em paralelo, o governo prepara-se para iniciar as discussões de paz, no dia 27, no Equador, com o segundo grupo rebelde do país, o ELN, Exército de Libertação Nacional.

O grupo difundiu ontem um vídeo de um dos reféns, o ex-governador de Choco, quando anuncia a libertação de pelo menos duas pessoas sequestradas nos próximos dias.

O início das negociações em Quito representa o culminar de dois anos de contactos para tentar lançar o processo de paz.

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